Da redação do Conectado ao Poder
67 pessoas e 91 associações tiveram sigilos quebrados, incluindo Contag e Conafer, em investigação sobre irregularidades.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, em 11 de setembro, a quebra de sigilos bancários de 67 pessoas e 91 associações e empresas, abrangendo organizações ligadas ao governo.
Entre os nomes destacados estão Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, que é alvo de pedido de prisão, e Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. A investigação também inclui pessoas vinculadas a sindicatos e associações com histórico de recebimentos significativos do Instituto Nacional do Seguro Social.
A lista de entidades que tiveram seu sigilo quebrado inclui a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). Este último tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer) também faz parte da lista. Ela recebeu mais de R$ 100 milhões do INSS nos últimos anos. A aprovação da quebra de sigilo foi resultado de um acordo entre a oposição e o governo, que excluiu da análise os ex-ministros da Previdência Carlos Lupi e José Carlos Oliveira.
A CPMI definirá que terá acesso às informações bancárias das organizações desde o momento em que foram firmado acordos de cooperação técnica com o INSS até a atualidade.
Durante a sessão, a CPMI ouviu José Carlos Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo Jair Bolsonaro, cuja movimentação financeira está sob investigação relacionada à Operação Sem Desconto.
A lista completa de nomes e associações que tiveram o sigilo bancário quebrado inclui diversas entidades e pessoas ligadas a movimentações suspeitas, configurando um passo importante nas investigações sobre possíveis irregularidades com recursos públicos.










