Cristovam Buarque promete disputar prévias para concorrer ao Planalto pelo PDT

20151111234810Ciro Gomes desponta como seu principal adversário nesse embate. A discussão interna no PDT promete novos e emocionantes lances nos próximos três anos.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ratificou ontem sua disposição de disputar as prévias de seu partido para escolher o candidato pedetista à Presidência da República nas eleições de 2018. Ciro Gomes desponta como seu principal adversário nesse embate. A discussão interna no PDT promete novos e emocionantes lances nos próximos três anos.

A recente filiação dos irmãos Ciro e Cid Gomes, ex-ministros e ex-governadores do Ceará, ao partido criado por Leonel Brizola é vista com fina ironia pelo senador pedetista. Cristovam já deixou clara sua insatisfação com a presença da dupla na legenda, especialmente de Ciro Gomes, seu adversário direto na luta pela indicação do partido.

Buarque tem dito, inclusive em sua conta no Twitter, que, ao contrário de Ciro Gomes, ele se dispõe a disputar a corrida presidencial com o ex-presidente Lula, outro potencial candidato à sucessão da presidente  Dilma Rousseff.

O senador Cristovam Buarque tem viajado o País defendendo suas ideias em encontros com professores e acadêmicos, entre outros segmentos. Na última semana, por exemplo, o senador visitou meia dúzia de municípios do Rio Grande do Sul, berço do trabalhismo.

Chefe do Executivo distrital de 1995 a 1999, quando ainda engrossava as fileiras do PT, Cristovam quer levar para dentro do PDT o debate sobre a importância da Educação para a formação de cidadãos e o desenvolvimento dos indicadores sociais do País.  “O eixo é a educação, o vetor que faz dinâmica a economia e leva harmonia à sociedade”, defende o pedetista, que implantou o Bolsa-Escola no DF, programa que se tornou referência nacional.  “Tem gente que acha que cadeia produz harmonia, eu acredito que ela possa proporcionar segurança”, completa.

Bandeira da educação

Ao empunhar mais uma vez a bandeira da Educação, como fez em 2006, quando concorreu à Presidência da República pela sigla trabalhista e chegou em quarto lugar, Cristovam Buarque faz referência ao criador do PDT. “A Educação sempre foi a principal bandeira de Leonel Brizola, e eu estaria negando a relação dele com o tema se agisse de outra forma”, afirma o senador.

Desafio agora é reverter opção por Ciro Gomes

Ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e  da Integração Nacional no segundo mandato de Lula, Ciro Gomes deixou o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) para se filiar ao PDT. Com as bençãos do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi,  é apontado como candidato do partido à sucessão de Dilma Rousseff. No ato de sua filiação,  Ciro teve sua candidatura à presidência praticamente lançada por Lupi. À época, o presidente do PDT afirmou que o partido iria ganhar as ruas e as praças para fazer Ciro Gomes presidente do Brasil.

É esse o quadro que  Cristovam Buarque precisa reverter. O senador brasiliense tem criticado abertamente a postura de Lupi, a quem qualifica como submisso ao ex-presidente Lula. Outros expoentes da agremiação, no entanto,  incluem Cristovam entre os possíveis candidatos do partido à Presidência da República.

Um deles, o então deputado federal André Figueiredo (PDT-CE),  hoje ministro das Comunicações,   afirmou, durante a filiação de Ciro ao PDT, que a ida do ex-governador do Ceará para o partido não estava condicionada à sua candidatura à presidência. Figueiredo incluiu Cristovam entre os pré-candidatos. Recentemente, Lupi refluiu da ideia inicial e admitiu que o partido terá outros nomes na corrida presidencial.

 Fonte: Jornal de Brasília
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