Cristovam quer prioridade para escolas em lugar da construção de estádios

cristovam buarqueEm pronunciamento nesta sexta-feira (25/4), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a principal preocupação do país não pode ser a conclusão de estádios para a Copa do Mundo, mas obras de saneamento básico e construção de escolas. Para o parlamentar, o Brasil fica “perplexo e assustado” cada vez que um representante da Fifa comenta a situação do atraso das obras para a competição internacional de futebol, o que nem sempre se repete em relação a outros problemas.

— O que mais me assusta, porém, é que não nos assusta o fato de as outras obras deste país não estarem andando com a velocidade devida. E quando eu falo de outras obras eu não falo de outras obras em função da Copa, eu não falo das obras ao redor dos estádios, eu falo das obras que este país precisa para dar uma virada e se transformar no país dos sonhos que nós temos – disse Cristovam.

Para o senador, as notícias escabrosas de corrupção, de beneficiamento de pessoas com recursos públicos, também já não assustam tanto quanto os problemas na preparação para a Copa.

— A gente não se assusta porque não tem a Fifa da corrupção, não tem o FMI da corrupção e aqui dentro nós já nos acostumamos. Eu lamento que nossa consciência, nossa preocupação dependa de quem vem de fora, seja do FMI, seja da Fifa. Eu gostaria de ver a mesma preocupação que há hoje em relação aos estádios com as escolas, com os postos de saúde, com as paradas de ônibus – afirmou.

Revolução dos Cravos

Cristovam também felicitou os portugueses pelos 40 anos da Revolução dos Cravos, ação liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) em 25 de abril de 1974 e que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, criado por Antônio Salazar em 1933, e contribuiu para o fim do colonialismo português na África. Segundo o senador, assim como os portugueses naquela época, os brasileiros também estão descontentes com os rumos do país, mas os políticos não estão ouvindo as demandas da população.

— Não estamos ouvindo. Se ouvíssemos, eles não precisariam voltar às ruas – disse Cristovam.

Fonte: Tribuna da Bahia

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