DER desiste de mureta central e quer reduzir velocidade do Eixão, no DF

4319200O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) voltou atrás e engavetou, mais uma vez, a ideia de construir uma mureta de concreto na faixa central do Eixo Rodoviário, ou Eixão, na tentativa de diminuir o número de acidentes. O diretor-geral do departamento, Henrique Luduvice, afirmou à TV Globo nesta segunda-feira (13) que a alternativa será reduzir a velocidade máxima permitida.

“Nós colocamos o tema em debate e houve a manifestação do Iphan. Por restrições orçamentárias, e também em respeito ao patrimônio histórico, nós estamos retirando esse tema de pauta. […] Nós temos que, efetivamente, buscar alternativas e uma delas é a redução de velocidade, que poderia vir a ser de 80 km/h para 70 km/h..”

Ludovice disse que há preocupação com as colisões frontais na via e com a rota diagonal feita pelos ônibus do Expresso DF no trecho final da Asa Sul, nos dois sentidos. “A nossa intenção é reduzir cada vez mais a possibilidade de acidentes, principalmente com mortes, no Distrito Federal”.

No início de julho, o diretor-geral do DER afirmou à TV Globo que estudava a construção do muro e de jardins, separando os sentidos opostos do Eixão. Segundo o órgão, a obra custaria R$ 13,8 milhões e já tinha recebido aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O instituto negou a permissão.

Em maio, Luduvice já tinha anunciado que o DER estudava reduzir o limite do Eixão e da Avenida das Nações, de 80 km/h para 70 km/h.

Acidentes

Câmeras instaladas pelo DER ao longo do Eixão mostram motoristas cometendo uma série de infrações (veja vídeo). A via é uma das mais movimentadas da capital.

As imagens feitas entre 2013 e 2015 mostram caminhões e carros de passeio fazendo retorno irregular pela faixa central, que é sinalizada com pintura e calotas tipo “tartaruga”.

Os vídeos mostram pedestres se arriscando ao atravessar a via, que tem seis faixas de rolamento. O DER informou que 82 acidentes com morte aconteceram no Eixão nos últimos 10 anos.

Fonte: G1 DF

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