DF completa 4 anos sem feminicídios entre monitoradas por programa

Da redação do Conectado ao Poder

Iniciativa da Secretaria de Segurança Pública já protegeu quase 3 mil pessoas e evita agressões por meio de rastreamento eletrônico contínuo

O Distrito Federal completa no último domingo (23) 4 anos sem registrar feminicídios entre as mulheres atendidas pelo Programa de Monitoração Eletrônica de Pessoas. A iniciativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), liderada por Sandro Avelar, monitora simultaneamente vítimas e agressores com medidas protetivas, garantindo que a violência doméstica não se repita nesses casos. Desde o início, em março de 2021, foram acompanhadas 2.927 pessoas e nenhum feminicídio foi registrado entre elas.

A tecnologia tem sido o principal trunfo do programa, que integra o eixo “Mulher Mais Segura” do projeto Segurança Integral. Com o uso de equipamentos de georreferenciamento, é possível rastrear a localização de vítimas e suspeitos em tempo real. “Esse resultado é fruto do investimento em tecnologia e da construção de uma rede de proteção. O DF tem se destacado na redução do feminicídio”, afirmou o secretário Sandro Avelar.

Em casos de descumprimento das zonas de exclusão impostas pela Justiça, alertas são emitidos imediatamente para a central de monitoramento, que aciona a Polícia Militar. Até agora, 93 agressores foram presos por violar as regras. Além disso, o programa foi ampliado em 2022 com a integração ao projeto Viva Flor, que entrega smartphones adaptados às vítimas, permitindo o envio de mensagens, áudios e imagens em situações de risco.

A estrutura do programa também evoluiu. A sala de operações da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) foi reforçada em 2024, com mais estações de trabalho e plantões ininterruptos. “O monitoramento contínuo permite antecipar riscos e impedir a aproximação do agressor”, explicou o subsecretário Carlos Eduardo Melo. Já Andrea Boanova, diretora da DMPP, destacou a atuação dos servidores como “anjos da guarda”, prontos para agir quando a segurança das mulheres é ameaçada.

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