Distritais vão a evento em Ceilândia e querem mais participação

20150327004644Ao contrário do que costuma acontecer nos eventos da Câmara nas cidades, desta vez muitos distritais estiveram lá. Ao menos 15 chegaram a falar ao público

A segunda edição do projeto Câmara em Movimento, que leva a estrutura do Legislativo e os distritais para as regiões administrativas, não atraiu tantos moradores de Ceilândia. Segundo o comando local da Polícia Militar, contando com os assessores dos distritais que comparam a sessão, apenas 150 pessoas estiveram no evento promovido pela Câmara Legislativa, para se aproximar da população.

Ao contrário do que costuma acontecer nos eventos da Câmara nas cidades, desta vez muitos distritais estiveram lá. Ao menos 15 chegaram a falar ao público.

“Houve muitas pessoas que chegaram e já saíram. Vamos trabalhar melhor a publicidade do projeto para que nos próximos a população esteja informada”, avaliou a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT).

Apesar do esvaziamento da sessão, a presidente comemorou a participação da população. “Tivemos um resultado positivo, pois foram mais de 30 os inscritos para falar. Fomos obrigados a fechar as inscrições por isso”, avaliou Celina.

Com as associações

O distrital Reginaldo Veras criticou. “O evento foi mal divulgado. Deveria ter se convidado as associações para que elas se organizassem e trouxessem os pleitos para essa sessão”, analisou Veras.

A deputada Luzia de Paula (PEN), moradora da cidade, minimizou a falta de público e pediu mais políticas governamentais. “O exercício da democracia não visa a quantidade, mas a qualidade. Se houvesse uma única pessoa teríamos feito nossa parte em ouvi-la”, disse.

O dono de uma ótica, que fica em frente ao espaço utilizado disse que só foi informado no fim da tarde de quarta-feira, quando foi montada a estrutura. “Não sabia de nada, daí, como prejudicou o movimento da minha loja preferi fechar”, contou Evandro Macedo.

Mais informação

Sobre a falta de participação, o deputado Ivonildo Lira (PHS),  ouvidor da Câmara Legislativa, acredita que além da maior divulgação é necessário a conscientização sobre a própria participação na política. “Como ouvidor, acho  positiva a realização, mas acredito que ainda falta informação sobre como funciona ou as pessoas não compreendem”, disse Lira, ex-morador de Ceilândia.

Falta de tudo um pouco

Para o deputado Reginaldo Veras, criado em Ceilândia, a cidade carece de “tudo”. De acordo com ele, as cidades mais novas possuem uma estrutura que Ceilândia não consegue adquirir, pois continua crescendo. “Como Ceilândia precisa levar infraestrutura para as regiões do Sol Nascente, Pôr do Sol e outras, não consegue recursos para investir e consolidar o que já existe”, declarou Veras.

Entre as reivindicações dos moradores estavam problemas como buracos, que se estende desde o fim do governo passado, violência, infraestrutura para a educação, falta de espaços culturais e de lazer, e sobre o papel dos políticos locais.

Divisão

Convidada para compor a sessão, a ex-governador Maria de Lourdes Abadia (PSDB) – fundadora de Ceilândia e primeira administradora da cidade – criticou a proposta de divisão da cidade, feita no início da gestão de Rodrigo Rollemberg. “Eu sou contra o fatiamento de Ceilândia. O que as regiões administrativas precisam é de autonomia e de recursos, que é pouco para que elas se desenvolvam. Precisamos de ter boas equipes técnicas em cada uma delas. As administrações precisam de mais atenção, pois 80% da população está nelas”, afirmou a ex-governadora.

Presença não inibiu

A presença dos deputados não inibiu o comércio irregular. Enquanto os distritais ouviam a população, a Feira do Rolinho – uma espécie de miniatura da antiga Feira do Rolo, onde se comercializam objetos falsificados e roubados – funcionava tranquilamente, com todo tipo de produtos de origem duvidosa.

 Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

 

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