Da redação do Conectado ao Poder
A fragmentação da direita entre Bolsonaro, Caiado e Marçal nas eleições de 2026 pode dividir o eleitorado conservador e favorecer uma vitória da esquerda
Analistas políticos projetam que a direita brasileira pode se fragmentar em três blocos nas eleições de 2026. A possível divisão entre o bolsonarismo, liderado por Jair Bolsonaro (PL), e novas lideranças, como Ronaldo Caiado (UNIÃO) e Pablo Marçal, pode enfraquecer o campo conservador e abrir espaço para uma recuperação da esquerda.
A polarização entre Bolsonaro e a esquerda, que dominou os últimos pleitos, deve ganhar novos contornos com a entrada de Caiado e Marçal no cenário nacional. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é visto como um nome forte, especialmente no agronegócio e entre eleitores do Centro-Oeste. Já Pabllo Marçal, com um perfil mais ligado ao empreendedorismo e ao público evangélico, tenta captar parte do eleitorado insatisfeito com Bolsonaro.
Essa divisão pode fragmentar o apoio à direita, levando a um cenário eleitoral mais imprevisível. Sem um candidato unificado, o eleitorado conservador pode se diluir entre as três figuras, o que favoreceria a esquerda, que historicamente se beneficia de uma base mais consolidada quando há fragmentação do outro lado.
A expectativa é que a esquerda, liderada principalmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT), tente capitalizar essa divisão interna. Um cenário similar ocorreu em eleições passadas, quando múltiplos candidatos à direita facilitaram a vitória de adversários à esquerda. As articulações políticas nos próximos meses serão determinantes para definir o rumo da disputa em 2026.