O Partido dos Trabalhadores se empenhará para fechar sua chapa até abril, quando deverá realizar prévias internas para definir quem vai para a disputa. Até lá, o presidente regional do PT, Roberto Policarpo quer ampliar a base do governo, que hoje conta com 17 siglas, para 20. Policarpo diz ainda que não desistiu de ter como candidato ao senado um petista, que poderá ser o deputado distrital Chico Leite ou o secretário de Habitação, Geraldo Magela.
“Estamos trabalhando para que nenhum dos partidos, dos que estão hoje na base, saiam e que outros façam parte da aliança. Acreditamos que podemos chegar a 20 partidos nas eleições”, afirma Roberto Policarpo. Ele completa: “Durante esse período, vamos fazer debates internos em cada uma das regionais. Fizemos um calendário onde passaremos por cada diretório realizando seminários. Lá por volta de abril deveremos, daí sim, ter as prévias para definir as nominatas”.
PMDB manterá a vice
Em relação ao maior aliado do PT, tanto na esfera local quanto federal, o PMDB, Policarpo explica que o acerto para a permanência da legenda é a manutenção de Tadeu Filippelli como vice-governador na chapa de Agnelo Queiroz, repetindo a dobradinha das eleições de 2010. Ele afirma que não há definições sobre espaços para os demais membros do partido, mas acredita que não ocorrerão surpresas até a disputa eleitoral.
Tentando ampliar o número de partidos, o diretório regional ainda estudará como serão montadas as nominatas e coligações. Dependendo do número de candidatos de cada partido, a aliança deve também definir se contará com uma ou mais chapas para os cargos proporcionais, como é o caso de deputados federais e distritais.
A vaga para senador na coligação do governo também é uma incógnita. Roberto Policarpo afirma que quer que o candidato em disputa seja petista. “Vamos defender que a candidatura ao Senado seja de um petista, mas, caso não seja, buscaremos a melhor escolha”, declara.
Ele lembra ainda que o PT, caso fique com a vaga, precisará de prévias, pois tanto o secretário de Habitação, Geraldo Magela, quanto o distrital Chico Leite se lançaram para o cargo. As prévias entre ambos não tem data definida.
Seis distritais
O objetivo do PT em relação aos cargos proporcionais, segundo Policarpo, será pelo menos manter o número de seis distritais na Câmara Legislativa e a base que tem na Câmara dos Deputados.
Mesmo distanciados desde que a atual gestão assumiu, o PDT, que atualmente tem como pré-candidato ao Buriti José Antônio Reguffe, ainda está nos planos do PT local. Para Policarpo, a aliança nacional entre o presidente da sigla Carlos Lupi e a presidente Dilma Rousseff poderá pesar a favor de uma reaproximação, o que tiraria Reguffe da disputa.
Dedo de cima
Em tese, o PT precisará organizar prévias para a cadeira de senador, disputada pelo secretário de Habitação, Geraldo Magela, e pelo deputado distrital Chico Leite.
Não há data para essa definição. A prévia anterior, feita em 2010 para escolha do candidato a governador, ocorreu no dia 21 de março.
O mais provável, porém, é que a chapa seja definida pela direção nacional do PT.
A oposição é “aventureira”, avalia petista
Após três anos de governo, Roberto Policarpo acredita que, por ter o governo “resgatado a autoestima da população do Distrito Federal”, não há motivo para temer os nomes que já foram lançados à disputa ao Buriti e os que ainda poderão ser lançados.
“Acredito que o governo realizou muito nesses três anos e, mais, durante este ano, tem muita coisa a entregar, como nas áreas de mobilidade, saúde e na social. Nós retomamos a auto-estima da população, que estava desacreditada com a política local. Muito foi feito em quatro anos e muito poderá ser feito com mais quatro anos”, declara Policarpo.
Nem Roriz e Arruda
O presidente regional do PT diz não temer outros candidatos, como os ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR), que ainda não confirmam suas presenças no pleito, nem do pré-candidato do PDT, José Antônio Reguffe e acredita que o governo tem tudo para se reeleger.
“A população, vendo tudo o que foi feito por esse governo, não vai querer eleger aventureiros ou o retorno de antigas políticas. Eu duvido muito que a população tenha saudades dos governos do Arruda ou mesmo do Roriz”, avalia Policarpo.
A candidatura de Reguffe não incomoda Policarpo, que ainda tenta uma reaproximação com o deputado federal. “Em relação ao Reguffe, adversário não se escolhe, mas ainda sonhamos com a volta do PDT à nossa coligação”, diz Policarpo que, para incorporar o deputado à chapa, possivelmente terá de abrir mão, para ele, da vaga de senador.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília