Por Sandro Gianelli
O senador Izalci Lucas, anteriormente filiado ao PSDB, ingressará no Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Bolsonaro, provocando especulações sobre sua orientação política para as eleições de 2026. Seu ato de filiação está programado para esta quarta-feira (27), às 19h, no Minas Hall.
A movimentação de Izalci para o PL lança incertezas sobre seu alinhamento com as bases bolsonaristas, enquanto nos bastidores, questiona-se seus reais interesses políticos. Há conjecturas de que ele almeje o apoio de Bolsonaro para uma eventual candidatura ao Governo do Distrito Federal em 2026.
Em 2022, Izalci disputou o GDF, ficando em sexto lugar, atrás até mesmo de candidatos menos conhecidos, como o Coronel Moreno, quarto colocado. Enquanto isso, na base do atual governador Ibaneis (MDB), Celina Leão (PP) surge como a candidata apoiada pelo grupo que desfruta de considerável apoio popular, corroborado por diversas pesquisas de avaliação do governo.
Partidos como PL, Republicanos, União Brasil, MDB e PP, entre outros, são aguardados como aliados em 2026. Nesse cenário, Izalci poderia optar pela reeleição ao Senado, potencialmente desafiando a deputada federal Bia Kicis (PL) ou até mesmo Michele Bolsonaro (PL). No entanto, permanece incerto se Michele Bolsonaro concorrerá e, em caso afirmativo, por qual estado.
Outras possibilidades incluem uma eventual aceitação de Izalci para a vice de Celina Leão, ou seu retorno à disputa pela Câmara dos Deputados. Contudo, na Câmara, sua presença poderia contrariar os planos de reeleição do deputado federal Alberto Fraga (PL) ou do deputado distrital Thiago Manzoni (PL), possível sucessor de Bia em caso de disputa majoritária por ela. Além disso, uma disputa pela vice poderia frustrar os planos do Republicanos, que almejam indicar o vice na chapa de Celina.
Independentemente das decisões futuras, estas terão significativas repercussões. O que não pode ser tolerado é um desalinhamento dentro do grupo que lidera o Distrito Federal e tem perspectivas de continuar governando.
A dúvida que paira é: Izalci conseguirá articular-se efetivamente dentro deste grupo, ou será motivo de discordâncias? Somente o tempo poderá responder a essa questão.
