Eleições | Especialistas fazem análise dos deputados distritais eleitos

Da redação do Conectado ao Poder

O Podcast Conectado ao Poder, gravado semanalmente no estúdio da Rádio Federal e apresentado pelo jornalista Sandro Gianelli, recebeu o jornalista e economista Hamilton Silva e o jornalista e especialista em segurança pública Aderivaldo Cardoso. A conversa rendeu uma avaliação sobre os nomes eleitos para a Câmara Legislativa, que, para o especialista em segurança pública, “a maioria das pessoas que foram eleitas têm posicionamento”.

Fábio Félix (PSOL) foi o deputado com maior quantidade de votos (51.792), uma surpresa para os especialistas. “Ninguém esperava esse recorde”, comentou Sandro.

O segundo nome citado na conversa foi Daniel Donizet (PL). “Ele fez uma campanha de marketing, em 2018 veio na onda da Bia Kicis, mas no mandato não se mostrou como bolsonarista. A campanha dele foi toda voltada para a defesa do PET e foi eleito”, analisou Gianelli. “Ele não era conhecido, tinha a causa animal, trabalhou bem na internet, com impulsionamento de 268 mil, então engajou bastante, foi perfeito”, completou Aderivaldo. No time do PL, Thiago Manzoni é observado como o bolsonarista da CLDF, que juntou sua campanha com a de Bia.

Hamilton Silva fala sobre a entrada de novas pessoas, com foco em Max Maciel (PSOL). “Eu acho bacana a questão de novos deputados entrarem. É surpreendente esse cara do PSOL que entrou”, disse. Por conhecer Max, Aderivaldo Cardoso pontuou que “quando eu era assessor especial de segurança, o Max já estava fazendo política pública, então tem a experiência, na última eleição ele teve 8 mil votos”. Hamilton mencionou que todos que entram já tem uma certa história relevante por trás.  

Sobre o deputado Chico Vigilante (PT), Sandro Gianelli explanou a coerência. “Você pode não gostar do que ele defende, mas ele sempre foi ético. Não falta sessão, sempre se posiciona, se ele entende que é pelo bem da cidade, mesmo não sendo um governo que ele apoie, ele vota a favor”, afirmou.

Dayse Amarílio (PSB) foi surpresa para os especialistas. “Não sei o que ela fez para ser eleita”, proferiu Aderivaldo. Pelo PSB, os jornalistas esperavam o nome de Professor Francelino. Dra. Jane Klebia (Agir) foi citada como a candidata que já era esperada uma vitória, pois tinha chances.  A deputada Arlete Sampaio (PT), que não veio à reeleição e também a nenhum outro cargo, foi apoiadora da campanha de Gabriel Magno (PT). “Era o candidato da Arlete, que mostrou que transfere voto”, sinalizou Gianelli.

Sobre Iolando (MDB), Aderivaldo Cardoso diz que “Iolando não aparecia nas pesquisas, depois que Benício definiu não ser mais candidato, ele voou, ou seja, muita gente que votaria no Benício migrou para ele”. Sandro Gianelli analisou a eleição de Hermeto (MDB). “Ele dobrou a votação na área dele, fez mais 12 mil fora, mas não foi o candidato da corporação [PM] e se consolidou por toda sua trajetória.”

Pastor Daniel de Castro (PP) foi reverenciado como o candidato da Assembleia de Deus Madureira, mas também pelo trabalho que realizou em Vicente Pires, enquanto administrador. Pepa (PP) era esperado, para todos da conversa, como certo de ser eleito.  Ricardo Vale (PT), para Hamilton e Aderivaldo, segue a mesma lógica de Pepa, mas Gianelli trouxe outro ponto de vista. “Eu não esperava que o PT fosse eleger três nomes”, disse.

“Rogério Morro da Cruz (PMN) surpreendeu, porque a votação que ele teve, eu imagino que tenha sido em peso de São Sebastião”, falou Sandro Gianelli. “Eu acompanhei e foi interessante, porque muita gente aparecia na frente dele e ele nada, mas faltando pouco tempo, começaram a abrir as urnas de São Sebastião e ele veio igual um foguete e atingiu 18 mil”, contou Aderivaldo.

Confira a entrevista:

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