Governo gastou ano passado quase R$ 2 milhões para custear passagens e diárias no primeiro trimestre. Em 2015, o gasto foi de pouco mais de R$ 37 mil.
Os esforços do governo do Distrito Federal para cortar gastos e enxugar a máquina têm atingido várias áreas da administração pública do DF. A austeridade proposta por Rodrigo Rollemberg já começa a mostrar algum resultado. Não se sabe, porém, se o governo Rollemberg cortou muito ou se no último ano de administração Agnelo os gastos fugiram do controle. Um exemplo claro desta distorção é o valor gasto com passagens aéreas e diárias pelos servidores nos três primeiros meses de 2014: R$ 1.895.797,92. No mesmo período de 2015, na gestão atual, o gasto foi de R$ 37.763,71.
O GDF racionou também a circulação de veículos oficiais, o consumo de combustíveis, o uso de telefones celulares e até a impressão de documentos. Somente com a frota de veículos, o GDF conseguiu economizar R$ 3,1 milhões no primeiro trimestre deste ano. Mais de 330 veículos alugados foram devolvidos e a economia com os aluguéis foi de R$ 2,894 milhões nos três primeiros meses de 2015, ante R$ 5 milhões em 2014. Esses veículos consumiram 387 mil litros ano passado e a redução este ano foi de cerca de 40%, segundo a Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização.
O Decreto 36.240, datado de dois de janeiro deste ano, regulamentou a questão dos gastos do governo e estabeleceu limites. Com isso, as viagens, os cursos, seminários, eventos, novos ou a prorrogação de contratos de aluguel de imóveis, e de veículos foram proibidos. As únicas exceções foram para as Secretarias de Educação e de Saúde, que podem contratar médicos e professores em caráter provisório.
A Secretaria de Educação, por sua vez, anunciou que serão chamados 800 professores temporários a partir desta quinta-feira (7). A justificativa é que esses profissionais irão substituir os professores que vão assumir a coordenação pedagógica das escolas. Ao todo, a Secretaria de Educação já convocou este ano 4,9 mil professores temporários, sem contar os 800 de agora, e espera chegar a 6,5 mil até o fim do ano.
Com o aperto, o GDF conseguiu economizar R$ 63,2 milhões nos três primeiros meses deste ano, em comparação a 2014, mas a meta é atingir R$ 200 milhões até o final do ano.
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