Empresa é barrada ao tentar retirar equipamentos do Na Hora, no DF

nahora1B2BR diz que notificou GDF da ação; PM foi acionada para mediar conflito. Sem acesso, empresa diz que vai buscar um mandado judicial nesta sexta.

Funcionários da empresa de tecnologia B2BR foram barrados por seguranças nesta quinta-feira (4) enquanto tentavam retirar equipamentos de postos de atendimento do Na Hora, no Distrito Federal. A empresa foi responsável pela operação das unidades durante sete anos, mas o contrato foi encerrado no fim de maio. A Secretaria de Justiça afirma que a empresa ATP, dona do novo contrato, já instalou tecnologia própria e que as seis unidades vão funcionar normalmente nesta sexta (5).

Equipes de transporte chegaram ao posto da Rodoviária do Plano Piloto às 14h para buscar o material, mas encontraram as portas fechadas. Orientados pelo governo, os seguranças disseram que a entrada só seria permitida com um mandado judicial.

A B2BR acionou a Polícia Militar, que mediou o conflito no local, mas também não concedeu acesso à empresa. Por volta das 16h, representantes da B2BR tentavam registrar um boletim de ocorrência na 5ª DP (Asa Norte). O representante jurídico da empresa diz ver indícios de “apropriação indébita” na recusa do GDF em devolver os materiais.

Segundo o diretor de comunicação da B2BR, Rodrigo Contreira, os equipamentos estão parados há uma semana nas seis unidades e já têm destinação definida. Parte será vendida para quitar as rescisões trabalhistas dos 200 funcionários, e o restante deve integrar programas sociais da empresa.

“Nós avisamos ao GDF na segunda-feira que os equipamentos seriam retirados hoje. Queríamos fazer isso no feriado, justamente para não atrapalhar o atendimento, mas o governo não deixa. São mais de 500 máquinas, quilômetros de fios, ar condicionado, aparelhos de emissão de senha que estão parados. São ativos da empresa que precisam ser devolvidos”, disse Contreira.

O subsecretário de Modernização e Atendimento ao Cidadão da Secretaria de Justiça, Saulo Diniz, afirmou à TV Globo no fim desta quinta que o cronograma acertado com a B2BR previa a retirada dos equipamentos apenas no sábado (6). Por isso, segundo ele, a entrada dos funcionários foi vetada nesta quinta.

Transição complicada
No último dia 27, o atendimento nas seis agências do Na Hora foi suspenso com o fim do contrato emergencial entre GDF e B2BR. O sócio-diretor da B2BR, José Romão, disse que a empresa prestou serviço sem receber por cinco meses, no ano passado, e não teria condições de fazer isso novamente. A dívida é estimada em R$ 6 milhões.

O GDF acionou a Justiça e conseguiu, no dia seguinte, uma liminar para a manutenção do atendimento até que a nova empresa assumisse o controle dos postos. Segundo o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, o período de transição duraria entre cinco e seis dias.

“Essa questão do atraso do pagamento é pretexto. Todos os fornecedores do GDF estão sem receber parcelas de 2014. Se ela estava tão ruim, por que disputou a licitação do contrato emergencial? Ela ficou em segundo lugar”, disse Doyle.

Fonte: G1

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