Erika Hilton conquista apoio para PEC que reduz jornada de trabalho 6×1 e enfrenta resistência de Nikolas Ferreira e oposição

Da redação do Conectado ao Poder

Deputada do PSOL celebra adesão de parlamentares e mobilização popular enquanto projeto provoca debate intenso na Câmara

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) conseguiu reunir o apoio necessário para protocolar sua proposta de emenda constitucional (PEC) que propõe reduzir a carga horária semanal de trabalho de 44 para 36 horas e eliminar a escala 6×1, que exige seis dias de trabalho com um dia de descanso. A proposta, que tem o apoio do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado por Rick Azevedo, foi celebrada em coletiva de imprensa, onde Erika enfatizou o caráter plural da iniciativa, que une parlamentares de diversas ideologias em prol de melhores condições trabalhistas no Brasil.

O apoio à proposta vem crescendo, com Erika relatando a adesão de partidos como o União Brasil. O deputado Elmar Nascimento, manifestou suporte integral à PEC. “Essa é uma discussão do país que está unindo direita, centro e esquerda nessa Casa”, afirmou Erika. O texto da PEC, que inicialmente contava com 134 assinaturas, já alcançou 216, e a petição pública em apoio ao projeto aproxima-se de 3 milhões de assinaturas, segundo Rick Azevedo. Erika também planeja dialogar com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, buscando ampliar o respaldo à proposta.

No entanto, a iniciativa enfrenta forte oposição. Como por exemplo, o deputado federal NiKolas Ferreira (PL-MG) criticou o projeto em um vídeo divulgado nas redes sociais, onde questionou a viabilidade econômica e as consequências da medida. Segundo Ferreira, a proposta pode gerar aumento de custos para empresas e, consequentemente, provocar desemprego e alta da inflação. “Medidas populistas como essa podem acabar prejudicando a população mais humilde, que vai pagar a conta com aumento dos preços e menos empregos”, argumentou Ferreira, alertando ainda para a complexidade do tema e a necessidade de um debate aprofundado.

A divergência entre os deputados ilustra o clima de polarização em torno da proposta. Enquanto Erika defende que a PEC representa um avanço necessário para a classe trabalhadora e um alinhamento com padrões internacionais, Ferreira acusa a esquerda de usar o tema para fins eleitorais. “O projeto é elaborado de forma irresponsável e ignora as consequências econômicas”, disse Ferreira, sugerindo que a PEC favorece apenas uma narrativa política sem considerar os impactos reais. Nos próximos dias, o projeto deve seguir ganhando destaque na pauta legislativa, enquanto Erika busca consolidar o apoio político e Ferreira promete intensificar a oposição.

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