Moradores de várias regiões administrativas começaram a elaborar, por conta própria, listas tríplices com indicações para administradores regionais. Esta mobilização acontece em praticamente todo o DF, onde as lideranças se articulam para encaminhar os nomes ao novo governo.
A elaboração dos documentos tem gerado discórdia entre associações e lideranças regionais. Alguns líderes questionam que não se pode fazer eleição de cargo público sem o TSE.
Hélio Doyle, coordenador-geral da equipe de transição, afirma que as movimentações são legítimas e que as listas serão levadas em consideração no momento da escolha dos administradores regionais.
Rollemberg afirmou, durante a campanha, que os primeiros administradores seriam escolhidos por ele, com base em consultas à comunidade. Para ser elegível, o candidato precisa ser ficha limpa e morar na região.
O novo governo não recrimina a iniciativa da população organizar listas por conta própria e reconhece que os cidadãos do DF estão dando respaldo à proposta de Rollemberg.
Doyle afirma que o método de escolha dos administradores não está definido, e que não há garantia de que o escolhido esteja nas listas. Tudo será levado em consideração, seja lista tríplice, indicação de entidades ou reunião convocada por líder comunitário.
O anúncio dos escolhidos deve ser feito até o fim do mês. Vale lembrar que Rollemberg defendeu a eleição direta para as administrações regionais, mas disse que escolheria os primeiros nomes até achar o modelo ideal para a escolha popular.
Por Sandro Gianelli