EUA intensificam sanções contra autoridades brasileiras e ameaçam colaborações com Moraes

- Publicidade -

Da redação do Conectado ao Poder

Retaliações americanas ocorrem durante a visita de Lula à Assembleia-Geral da ONU, levantando tensões diplomáticas.

Os Estados Unidos intensificaram as sanções contra autoridades e seus familiares no Brasil, como resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi anunciada em um contexto em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participava da Assembleia-Geral da ONU, sendo sua primeira visita ao país após a crise entre os dois governos.

A gestão Trump revogou vistos de várias pessoas, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a advogada Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As sanções foram aplicadas com base na lei Global Magnitsky e afetaram também a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, da qual Barci é sócia.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, utilizou as redes sociais para enviar uma mensagem clara: “Que isso seja um alerta para outros que ameacem os interesses dos EUA protegendo e habilitando atores estrangeiros, como Moraes: vocês serão responsabilizados”. O tom do comunicado foi visto como uma intimidação direcional aos responsáveis por decisões que os EUA consideram questionáveis.

Além disso, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, comentou que os EUA continuarão a monitorar e sancionar indivíduos que apoiam Moraes, que foi acusado de praticar abusos de direitos humanos. “Alexandre de Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura”, ressaltou Bessent.

Em resposta, Moraes expressou sua indignação, chamando as sanções de “ilegal e lamentável” e afirmando que violam a soberania do Brasil. O STF também se manifestou, caracterizando as ações dos EUA como injustas e baseadas em “narrativas falsas” sobre o julgamento de Bolsonaro.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota de profunda indignação e considerou as sanções uma intromissão nos assuntos internos do país. Jorge Messias, o advogado-geral da União, afirmou que as medidas são incompatíveis com relações diplomáticas saudáveis e que ele continuará desempenhando suas funções em defesa do povo brasileiro.

Além das sanções a Jorge Messias e Viviane Barci, vários ministros do STF também tiveram seus vistos revogados, num total de oito desde julho. Essa lista inclui nomes como Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. As sanções estão ligadas ao papel do STF em processos envolvendo Bolsonaro e outros eventos relacionados a protestos extremistas ocorridos em 8 de janeiro.

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui