Da redação do Conectado ao Poder
O aumento na fila de espera ocorre apesar de programas que incentivam a análise rápida dos requerimentos, gerando preocupações no governo.

A fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) subiu para 2,63 milhões de pedidos acumulados em agosto, marcando o maior número desde abril. A elevação da fila é significativa, especialmente após três meses de queda contínua, onde em julho os requerimentos saltaram de 2,44 milhões para 2,56 milhões.
Esse crescimento é atribuído à interrupção na redução das solicitações, com um aumento de 183,4 mil pedidos em apenas dois meses. A situação persiste apesar da implementação de um programa que visa reduzir a fila, oferecendo bônus aos servidores pela análise de requerimentos adicionais. A iniciativa foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro, mas suas consequências ainda são observadas no acúmulo de pedidos.
Além disso, o Ministério da Previdência Social adotou novas medidas para limitar despesas com o INSS, como a restrição do prazo de concessão do auxílio-doença através do sistema Atestmed, que gerou críticas e preocupações sobre o represamento de perícias médicas, impactando a concessão de benefícios.
Os números mostram que a fila de espera para perícias médicas começou a crescer novamente, passando de 687 mil em maio para 806 mil em julho, apesar de uma leve redução para 779 mil em agosto. Ao mesmo tempo, a fila para benefícios assistenciais aumentou de 551 mil para 691,6 mil no mesmo período.
O INSS reconheceu que o incremento na fila se concentra em benefícios afetados por recentes alterações legislativas e afirmou que a produtividade nas análises está em alta, com 1,226 milhão de processos concluídos em agosto, um recorde que contribuiu para a redução do tempo médio de concessão de benefícios.
Para lidar com a pressão, o INSS continua realizando mutirões e atendimentos em finais de semana e feriados, reafirmando o compromisso de garantir os direitos dos cidadãos de forma mais ágil. No entanto, a luta para conter e gerenciar a fila persiste, refletindo os desafios enfrentados pelo governo em equilibrar as necessidades financeiras e os direitos sociais dos beneficiários.










