Pouco antes do Natal, o presidente regional do DEM, Alberto Fraga (foto), telefonou para o ex-governador Joaquim Roriz. Combinaram de retomar a conversa neste início de ano. O objetivo do presidente do DEM é justamente manter contato permanente entre as forças que chama de “centro-direita” e entre as quais se inclui. Acha que falar em sucessão, por enquanto, é “precipitação”, mas que a partir de fevereiro ou março já se deve pensar no futuro. “O importante”, diz Fraga, “é que não pode haver divisão na centro-direita”. Além de Roriz e dele próprio, o presidente do DEM quer ver em uma mesma coligação figuras como Eliana Pedrosa e Izalci Lucas.
Rollemberg dividirá só esquerda
A virtual candidatura de Rodrigo Rollemberg ao Buriti, na avaliação de Fraga, divide votos apenas à esquerda. “A posição do senador é cômoda, pois terá mais quatro anos de mandato após a eleição qualquer que seja o resultado e, portanto, pode ser franco-atirador, pode ser o que quiser”. Será um problema para as aspirações de outros candidatos da mesma vertente, em especial o governador Agnelo Queiroz, mas também, eventualmente, Cristovam Buarque ou José Antônio Reguffe.
Sem risco real
Fraga não acredita que Rollemberg possa representar risco real para o governador Agnelo Queiroz. Previsivelmente, lembra o desempenho do atual senador em 2002, quando disputou o Buriti e amargou um quarto lugar, ficando abaixo dos 7% dos votos e atrás não apenas de Roriz e do petista Geraldo Magela, mas também do hoje distrital Benedito Domingos. Rollemberg, acredita Fraga, precisará de uma coligação para puxar votos, como ocorreu na eleição passada.
Fonte: Do alto da torre