“Governo passado mentiu sobre obras de Corumbá IV”, diz presidente da Caesb

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Presidente da Caesb, o engenheiro Fernando Leite

O engenheiro Fernando Leite, presidente da Caesb, disse nesta sexta-feira (08/02) que a conclusão do projeto Corumbá IV, e o processo de saneamento da empresa, que tem mais de R$ 1 bilhão  em dívidas, fazem parte da agenda positiva desse ano, que tem o objetivo de oferecer 100% de água tratada e 100% de coleta e tratamento de esgoto no DF. Ele disse ainda que a gestão passada mentiu para a população sobre as obras de Corumbá IV

Em setembro do ano passado, um mês antes do pleito eleitoral, o ex-governador Rodrigo Rollemberg, que disputava a reeleição anunciava com estardalhaço que 80% das obras da barragem de Corumbá IV já estavam concluídas  e que a previsão era que até o fim de dezembro os problemas de abastecimento de água no Distrito Federal estariam resolvidos.

O anúncio era apenas um fake. Equipamentos como as válvulas que regulam o fluxo de água ainda estão nos Estados Unidos. Falta muita coisa para ser feito para que 1 milhão e 300 mil  pessoas do DF recebam nas torneiras de suas casas a água do Lago de Corumbá IV.

Pelo menos foi isso que constatou o engenheiro Fernando Leite, atual presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).

No cargo há 30 dias, Fernando Leite disse que a conclusão da obra será o seu grande desafio e que trata o projeto Corumbá IV como uma prioridade inclusa na agenda positiva deste ano lançada pela empresa que dirige.

Ao Radar ele afirmou que a primeira providência foi propor ao consócio pactuado entre a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e pela Companhia Saneamento de Goiás (Saneago), estatais responsáveis pela obra para que fosse feita uma gestão só. A medida é para que as duas empresas avance com mais rapidez dentro de um entendimento único.

“Vamos soltar foguetes se conseguirmos concluir a obra ainda este ano como governador Ibaneis Rocha exige”, disse Fernando Leite.

A Caesb, segundo o presidente, produz hoje dez mil litros de água por segundo. Corumbá vai entrar inicialmente  com 2.800 litros por segundo. A captação de água vai aumentar em 30% a capacidade da Caesb.

Com isso o abastecimento de Brasília, finalmente será resolvido sem necessidade de racionamento.

Outro assunto considerado relevante por Fernando Leite, que está dentro da agenda positiva deste ano, são as ações que visam sanear a Caesb atolada em uma dívida de 1 bilhão e 300 milhões de reais.

Fernando Leite reiterou que Companhia está desembolsando cerca de 240 milhões de reais por ano para pagar juros.

“A Caesb está em uma situação desesperadora. Mas estamos trabalhando para buscar a solução dos problemas. Já estamos em entendimento com o Banco de Brasília e outros agentes financeiros. Vamos renegociar todas as dívidas, brigar pela diminuição dos juros e pedir aumento de prazos. Temos que chegar no fim do ano com um balanço positivo”, promete.

Fernando Leite disse que no DF existe cerca de 50 mil pessoas que consome água de forma clandestina.

Ele informou que está em curso uma força tarefa, com o envolvimento de vários órgãos de governo, para ajudar a Caesb a combater as ligações clandestinas o que provoca uma grande evasão de receitas refletindo no bolso de quem paga pelo consumo d’água.

Fonte: Radar DF

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