Da redação do Conectado ao Poder
Após queda em agosto, o IPCA-15 registra a maior alta para setembro desde 2021, impulsionada pela energia elétrica.

O IPCA-15, que mede a inflação, registrou uma alta de 0,48% em setembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento é especialmente relevante, pois representa o maior patamar para setembro em quatro anos, superando a deflação de 0,14% observada em agosto. As informações foram publicadas na última quinta-feira, 25 de setembro.
A alta da inflação foi impulsionada principalmente pela elevação de 12,17% nas tarifas de energia elétrica residencial. O fim do desconto proporcionado pelo bônus de Itaipu, que beneficiava os consumidores nas faturas de agosto, contribuiu para essa variação. Analistas já esperavam essa reversão, considerando que a deflação observada no mês anterior estava diretamente ligada a esse bônus.
Com o resultado atual, a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 chegou a 5,32%, um aumento em relação aos 4,95% contabilizados anteriormente. Apesar do índice ter apresentado uma alta, o número ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa uma inflação de 0,51% para o período, segundo a agência Bloomberg.
A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA completo reside no período de coleta dos dados. Enquanto o IPCA-15 considera a coleta de preços da segunda metade do mês anterior até a primeira metade do mês em análise, o IPCA completo realiza a coleta ao longo de todo o mês. A divulgação do IPCA de setembro ainda não ocorreu, sendo esperada para o dia 9 de outubro.
As projeções do mercado financeiro continuam a indicar uma inflação em 2025 acima do teto da meta estipulada para o ano. A mediana das expectativas aponta para um índice de 4,83% no acumulado do ano, de acordo com o boletim Focus do Banco Central. O Banco Central se comprometeu a controlar a inflação e, para isso, elevou a taxa Selic para 15% ao ano, um patamar mantido na reunião realizada na semana anterior.










