Funcionários de nove especialidades da rede pública de saúde do Distrito Federal tiveram as jornadas reduzidas para 20 horas semanais, sem sofrerem alterações nos salários. São 3.682 técnicos de nível médio que trabalham como auxiliares de enfermagem, em laboratórios, setores de radioterapia, raio X, nutrição e odontologia.
A Secretaria de Saúde diz que a redução causou um déficit de 737 profissionais na rede. O secretário de Saúde, Fábio Gondim, afirma que por causa dos gastos com a folha de pagamento só pode contratar funcionários para substituir quem se aposenta ou é demitido.
Para diminuir os efeitos no atendimento, o GDF vai ter de recorrer às horas extras. “São cerca de R$ 3,5 milhões a mais por mês por conta dessa redução de carga horária. Quando fizeram essa lei que autorizou essa redução, não tiveram o cuidado de colocar os recursos necessários, sejam humanos, sejam orçamentários, para fazer frente a esse aumento de despesa. Tivemos déficit de pessoal. Tivemos dinheiro a menos, e não dinheiro a mais, que a gente precisaria”, diz.
A diretora do Sindsaúde, Marli Rodrigues, nega que a redução da jornada prejudique o atendimento nos hospitais. “O déficit na Secretaria de Saúde já existe há muito tempo porque não houve no planejamento a contratação de pessoal. Na verdade, a redução e a isonomia de carga horária com o nível superior, algo que a categoria já almejava há 14 anos e somente agora, parcelado em três vezes, 2014, 2015 e 2016, é que alcançamos essa isonomia de carga horária”, diz.
Fonte: G1