José Aparecido alerta: projeto de redução da jornada 4×3 ameaça empregos e salários

Da redação do Conectado ao Poder

Presidente da Fecomércio alerta para impactos negativos da proposta na economia e na geração de empregos

Durante entrevista ao programa “Rota Atividade”, na rádio Atividade FM (107,1), José Aparecido, presidente da Fecomércio, criticou duramente o projeto de lei que propõe a escala de trabalho 4×3, com quatro dias de trabalho e três de descanso. Segundo ele, a medida pode aumentar o desemprego, reduzir salários e prejudicar tanto empresários quanto trabalhadores.

“A carga trabalhista no Brasil já é muito alta. Esse projeto chega em um momento inadequado, justamente quando estamos no final do ano, período de contratações temporárias e de investimentos para as vendas de Natal. Essa insegurança jurídica só atrapalha o setor empresarial, que é o verdadeiro gerador de empregos”, afirmou.

Cenário brasileiro não favorece mudanças estruturais

Ao comparar o modelo proposto com o praticado em países como os Estados Unidos, Aparecido destacou as diferenças estruturais. “Nos EUA, onde a carga trabalhista é menor, essa flexibilidade funciona. Mas aqui no Brasil, deveríamos discutir a redução de encargos trabalhistas, e não da jornada de trabalho. Aprovar algo assim pode inviabilizar negociações trabalhistas e piorar o desemprego”, explicou.

Entidades empresariais reforçam oposição à proposta

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) já se manifestou contrária ao projeto, e a Fecomércio endossa esse posicionamento. Aparecido enfatizou que a medida, caso aprovada, pode causar instabilidade econômica. “As empresas precisam de segurança jurídica para investir e contratar. Medidas precipitadas como essa comprometem toda a cadeia econômica e, consequentemente, o trabalhador”, disse.

Uma enquete realizada pelo programa revelou que a maioria da audiência também se opõe à proposta. Enquanto o debate segue no Congresso Nacional, José Aparecido e demais representantes do setor empresarial prometem continuar lutando contra a aprovação do projeto, que consideram prejudicial à economia brasileira.

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