Após a decisão da presidente Dilma Rousseff de pedir estudos sobre uma possível redução do número de ministérios, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que seu partido é favorável à medida. Segundo ele, a decisão é da presidente, mas o PMDB tem discutido o assunto através do vice-presidente Michel Temer.
“Se estamos pedindo esforço à sociedade, é importante dar o exemplo, nunca deixa de ser hora de fazer o procedimento correto”, disse ao deixar a casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após almoço com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Sobre o projeto que muda a remuneração das contas do FGTS que está em tramitação na Câmara, o senador ressaltou que a Casa deve ver o teor do texto com cuidado, equilíbrio e serenidade.
O senador ironizou a disposição do Senado em eventualmente acelerar a tramitação da proposta que muda a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em discussão pelos deputados. A proposta conta com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Se a gente for tratar de todo os delírios que a Câmara votar, a gente não faz outra coisa”, alfinetou o peemedebista do Senado.
Jucá, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros senadores peemedebistas ensaiam um movimento de afastamento político em relação ao presidente da Câmara. Nos bastidores, a avaliação é que Cunha teria se excedido ao anunciar rompimento com o governo Dilma Rousseff por suposto conluio com a Procuradoria-Geral da República nas investigações da Operação Lava Jato.
O presidente da Câmara afastou-se com o governo após a divulgação de um depoimento de um delator que o acusou de pedir propina no esquema da Petrobras.