Leonardo Sant’Anna avalia que gestão de Ibaneis é uma preparação para um DF de futuro promissor

Por Sandro Gianelli

Conectado ao Poder entrevistou Leonardo Sant’Anna, especialista em segurança pública e pré-candidato à deputado federal, que falou sobre 

O que o motivou a entrar na política?

A certeza de que preciso e posso mudar o que não fizeram pelos 04 pilares que têm que ser alterados: proteção nas escolas, empreendedorismo, conscientização para aumento da participação social e, por fim, melhoria da segurança pública.

Por que você quer ser deputado federal?

Porque o Deputado Federal pode fazer duas coisas: influenciar e colaborar diretamente com as mudanças para o DF e para o Brasil. Só o DF não soluciona o que sei que são os remédios para cada cidadão brasileiro voltar a ter qualidade de vida.

Quais são as suas principais defesas?

Proteção para os nossos filhos e netos, a partir de escolas mais seguras; Geração imediata de 10 mil novos empregos diretos, usando o que apelidei de novos servidores sociais (Educadores Físicos, Psicólogos, Professores de Lutas e Terapeutas); Dar mais qualidade de resultados para a segurança pública (tema de meu primeiro livro nessa área); Pelo empreendedorismo, direcionar parte dos valores – já disponíveis da Secretaria de Trabalho –  para fomentar uma figura inexistente no Brasil, que são os consultores de segurança, empregando milhares de profissionais de segurança pública e privada; Programa de redução de impostos para quem investir em segurança, independente de ser pessoa física ou jurídica (projeto que trouxe da Austrália); Melhoria do processo de recuperação de quem passa pelo sistema prisional; e aumentar e melhorar a malha tecnológica utilizada para aumentar a sensação de segurança (tema do meu penúltimo livro).

Quando você lançou a sua pré-candidatura, sentiu da corporação (PMDF) o apoio necessário?

Nunca tive e nunca terei esse foco. Sempre procurei me doar ao invés de receber, tanto que continuo dando aulas e apoiando todas as iniciativas dos colegas. E vou continuar exatamente dessa forma, tanto dentro da PM como para as outras forças.

Quais os principais projetos que podem melhorar e motivar a PMDF?

Projeto Saúde 150 – Assistência a saúde diferenciada, tanto para os profissionais (inclusive preventiva), como para os familiares; Projeto EPIS – Equipamento de trabalho específicos (viaturas, armamento, equipamentos) que tragam mais segurança para a execução das tarefas policiais; Projeto Morada Segura – núcleos residenciais para servidores da segurança pública; Projeto Força Reserva – Prevê afastamento dos PMs BMs de suas atividades operacionais 02 anos antes da aposentadoria; e Projeto Restituição – Prevê a incorporação dos valores do SVG aos vencimentos, em período bienal (a partir de 05 anos de serviço) buscando compensar os desgastes psicológico, físico e fisiológico já comprovados, decorrente das jornadas multiplicadas de trabalho.

Enquanto Coronel da Polícia Militar, qual foi o maior desafio no combate ao crime?

Atuar de forma mais inteligente e efetiva com as outras forças de segurança. Ainda precisamos amadurecer demais essa relação.

Você já foi DJ e professor, hoje é especialista em Segurança Pública, empresário e escritor. Quais as contribuições que toda sua experiência trará na Câmara Federal?

Me admira quem não teve essas experiências e se aventura a representar o brasiliense politicamente. Tenho experiência no mundo público, mundo privado, empreendimento, educação, ganhar, perder, quebrar, me reerguer. Essa trajetória me permitiu passar por todas as etapas de relacionamento com quem mora no DF e fora dele. E em todas essas fases o propósito é servir, entregar. 

Como professor, o que mudaria não só no ensino, mas na integração e motivação dos jovens para o mercado de trabalho?

O jovem do DF precisa ser transformado para o futuro da cidade, que está na inovação e em novos empreendimentos. Além disso, o funil do funcionalismo público está em uma proporção de quase 60 pessoas por vaga; o mundo se reinventou no digital; a pandemia estrangulou as esperanças de dependência dos governos. As gerações Z e os Millenials do DF têm potencial para ser o Vale do Silício brasileiro, mas continuamos sem utilizar as centenas de experiências internacionais e sem atrair os investimentos necessários para oferecer o que eles precisam. Isso vai motivar o jovem e criar inúmeras vagas para o mercado de trabalho.

Como você avalia os índices de violência nas escolas do DF?

Como um resultado decadente iniciado pelo que faltou ser feito e aplicado ao longo dos anos para proteger esses ambientes de educação. Para ir a uma festa, entrar em um banco ou atravessar uma área importante em um aeroporto, todos são revistados e, por trás da revista, há um enorme investimento estrutural. Não conheço algo de mais valor do que nossos filhos, nossos professores e a educação em nenhum lugar dos quase 40 países que já visitei. Mas criamos uma forma diferente de aumentar o risco dos três E’s da prosperidade mundial: educação, educador e educando. 

O que poderia ser feito para reduzir os índices de violência dentro das escolas?

03 fatores são primordiais: Blindar o espaço educacional para que criminosos e o crime não consigam penetrar nesses locais (Portais detectores de metal, por exemplo); Retornar a figura dos agentes de proteção dentro das escolas (a carreira foi extinta e nada foi feito para substituí-la); e criminalizar de forma diferenciada delitos ocorridos nesses locais e em sua periferia. Minha família tem 05 professores, dos 06 que a compõem. Meu pai e dois dos meus irmãos deram aula na Fundação Educacional. Meus resultados na vida são fruto disso. Eu sei que tudo começa ao dar mais estrutura às escolas. Nos últimos anos da década de 70 meu pai, professor Hermenegildo abriu, aos finais de semana, as portas do então Centro Educacional 02, em Ceilândia. Disseram que ele era um sonhador e que nunca daria certo. Erraram feio. Do pai pintor à mãe merendeira, todos ajudaram. Além dos índices de violência terem despencado, a escola virou referência no DF, ainda naquela época. A comunidade precisa se sentir parte da escola, ser prestigiada, opinar nos investimentos. Qual o receio que o Governo tem de fazer isso?

Quais foram suas maiores realizações na PMDF?

Posso falar de 05 pontos imediatos: Mudar a forma de pensar o treinamento na polícia a partir de 1998, quando trouxe os primeiros cursos com instrutores da SWAT para PMs; Dar dignidade para os policiais do 3º. BPM e da ROTAM quando fiz os projetos para que eles saíssem das condições degradantes que os quartéis ofereciam; No Batalhão de Planaltina, criei o Estágio de Abordagens Táticas e passei a treinar PMs do DF e de fora, tornando o 14º. BPM uma referência para o DF; Fui para os EUA e trouxe toda a pesquisa, além de fazer os testes e uma audiência pública, para que os policiais tivessem uma viatura de qualidade para trabalhar, que nunca foi adquirida; e representar o DF e o país por 03 períodos de Missão de Paz, o que fiz com muito orgulho, onde passei a entender que temos os melhores policiais do mundo, mesmo que subaproveitados.

Qual foi sua maior inspiração para escrever o livro “Quem mexeu na minha segurança”?

Mudar o pensamento da sociedade em favor dela, mostrando que nosso principal cliente é a população, não os bandidos. O livro foi escrito 03 vezes. Na primeira vez, para policiais. Na segunda, para pesquisadores e estudiosos de segurança. Mas só depois entendi que quem precisava desse conhecimento era o cidadão, de forma que pudesse questionar o que realmente precisava para ter uma polícia que os servisse.

Como você avalia a gestão de Ibaneis?

Como uma preparação para um Distrito Federal de futuro promissor. O Governador soube aproveitar muito bem o terreno deixado pela gestão anterior, em especial no quesito economia. A sua equipe foi madura e inovadora. Para o time escolhido, ele está sendo o técnico que precisávamos. 

E do Bolsonaro?

Corajoso, antes de tudo. Mesmo com todos os desafios internos dos primeiros 24 meses, foi resiliente a ponto de mostrar que pode haver resultados positivos, mesmo tendo em seu currículo desafios geopolíticos sem precedentes, como uma guerra e uma pandemia. Os números da economia brasileira, que regem praticamente todo o restante, continuam sendo muito elogiados internacionalmente. Sem contar a queda dos crimes, a partir do pensamento armamentista, que era tida como impossível de ser concretizada. 

Envie uma mensagem para o WhatsApp (61) 98406-8683 caso você tenha alguma notícia relacionada aos bastidores da política e queira vê-lá na Coluna do Gianelli.

*Sandro Gianelli é consultor em marketing político, jornalista, colunista e radialista. Escreve a Coluna do Gianelli, de segunda a sexta, para o portal Conectado ao Poder e para o Jornal Alô Brasília e apresenta um programa de entrevistas, aos domingos, das 9h às 11h, na rádio Metrópoles – 104,1 FM. 

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui