Da redação do Conectado ao Poder
Durante negociações, detalhes sobre o envio de tropas europeias e apoio dos EUA foram mantidos em sigilo.

Os líderes europeus conversaram com Donald Trump nesta quinta-feira, após uma cúpula em Paris com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O objetivo da conversa foi discutir as garantias de segurança a serem oferecidas à Ucrânia quando a guerra com a Rússia chegar ao fim.
A natureza dessas garantias ainda é mantida em sigilo, mas as expectativas incluem o envio de tropas europeias para a Ucrânia, além de treinamento e apoio logístico proveniente dos Estados Unidos.
Em um momento de pressão, com um Trump imprevisível e a postura firme do presidente russo, Vladimir Putin, os líderes europeus buscam reafirmar a sua determinação em não abandonar Kiev e em não se permitir marginalizar durante qualquer negociação potencial entre Washington e Moscou. Essa guerra já dura três anos e meio, desde a invasão russa.
A conversa teve início pouco após o meio-dia, correspondente a 9h00 no horário de Brasília, ao final da reunião da “Coalizão dos Voluntários”, que conta com cerca de 30 países aliados à Ucrânia, incluindo a França, Reino Unido, Alemanha e Polônia.
Em declarações anteriores, Emmanuel Macron, presidente francês, afirmou: “Nós, europeus, estamos dispostos a fornecer garantias de segurança à Ucrânia e aos ucranianos no dia da assinatura de um acordo de paz”. Ele ressaltou que os detalhes dessas garantias são “extremamente confidenciais” e que os preparativos necessários já foram concluídos em reuniões anteriores entre os ministros da Defesa.
Enquanto isso, o Kremlin se opôs veementemente às garantias de segurança oferecidas à Ucrânia, alegando que estas não representam um reforço para a segurança do país, mas sim um potencial risco para a Europa. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que a mobilização de tropas estrangeiras na Ucrânia seria inaceitável em qualquer circunstância.
Trump, por sua vez, indicou que os Estados Unidos poderiam apoiar os planos europeus em relação à manutenção da paz, mas deixou claro que não enviará tropas americanas para a Ucrânia.










