Da redação do Conectado ao Poder
Líder do governo José Guimarães afirma que a indicação para o Supremo Tribunal Federal será feita nesta semana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve indicar rapidamente um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) ao retornar ao Brasil nesta semana. A expectativa é que a escolha ocorra de forma ágil, na sequência da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada na semana passada. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, Lula já possui uma ideia clara de quem deseja indicar.
O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, são os principais nomes cotados para a vaga. Messias, de 45 anos, é visto como uma figura de confiança de Lula, enquanto Dantas, de 47 anos, possui um bom trânsito no Congresso, o que é essencial para a aprovação da indicação pelo Senado.
Além desses, outros nomes como o do senador Rodrigo Pacheco e o do atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, também estão em consideração. Contudo, a pressão por uma maior representatividade feminina na Corte aumenta à medida que a escolha se aproxima. Organizações da sociedade civil e entidades jurídicas começaram a se manifestar, pedindo que Lula considere uma mulher para a vaga.
Uma carta pública assinada por diversas instituições, incluindo o Fórum Justiça e a ONG Themis, destaca que a baixa representatividade de mulheres e pessoas negras no STF é um “problema estrutural”. A carta apela para que a indicação de Lula reflita a diversidade da sociedade brasileira e solicita a inclusão de candidatas altamente qualificadas para a função.
No debate sobre representatividade, Soraia Mendes, jurista especializada em teorias jurídicas contemporâneas, reconheceu a urgência do tema. “A escolha de Lula seguirá um roteiro essencialmente político”, afirmou, sugerindo que Messias pode ser o nome favorito. Mendes ainda apontou que a inclusão de mulheres e pessoas negras deve ser uma prioridade a longo prazo.
Com a nomeação do novo ministro, Lula espera não apenas preencher a vaga, mas também alinhar a Corte ao compromisso de igualdade no Judiciário, reafirmando seu compromisso com a justiça social e a democratização das instituições.










