Da redação do Conectado ao Poder
Presidente intensifica articulação política e classifica adversários como extremistas para fortalecer sua base no Congresso
Em busca de pavimentar o caminho para sua reeleição em 2026, Luiz Inácio Lula da Silva tem intensificado as alianças com o Centrão, bloco político crucial para formar maiorias no Congresso. A estratégia de Lula é usar declarações em entrevistas e nas redes sociais para se posicionar como a única opção capaz de salvar o Brasil de extremistas e fascistas, enfraquecendo, assim, a força de seus possíveis concorrentes.
Parte da estratégia de Lula inclui uma retórica afiada contra seus opositores, frequentemente taxados de “extrema direita” ou “fascistas”. Esse discurso, repetido em entrevistas e pronunciamentos, visa fortalecer sua narrativa de liderança moderada e apresentar seus adversários como ameaças ao equilíbrio democrático, especialmente diante de um eleitorado polarizado.
A movimentação de Lula também mira o desgaste de Jair Bolsonaro, seu principal rival na última eleição, apontando que o ex-presidente estaria “isolado” politicamente. Para Lula, reforçar essa polarização é essencial para atrair o apoio necessário no Congresso e entre o eleitorado, evitando que rivais ganhem tração na corrida presidencial.
Embora eficaz para mobilizar aliados, a estratégia tem sido criticada por especialistas, que alertam para o risco de aprofundar as divisões ideológicas no Brasil. Apesar disso, o presidente segue determinado a usar a retórica polarizadora como peça central de sua articulação política rumo ao próximo pleito.