Da redação do Conectado ao Poder
Durante uma reunião em Nova York, Lula relembrou sua trajetória política e os desafios enfrentados pela esquerda na América Latina.
Durante uma reunião realizada em Nova York no dia 24 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu a criação do Foro de São Paulo, um importante agrupamento de partidos de esquerda da América Latina fundado nos anos 90. Em suas declarações, Lula lamentou o “avanço da extrema-direita” e refletiu sobre os aprendizados e os desafios enfrentados pela esquerda ao longo de sua trajetória.
Em sua fala, o presidente enfatizou a importância da mobilização política ao relatar que só percebeu a força da esquerda depois de conquistar o segundo lugar nas eleições de 1989, onde obteve 47% dos votos contra Fernando Collor. Lula lembrou: “A partir dessa votação, eu convoquei uma reunião chamada Foro de São Paulo, convoquei toda a esquerda latino-americana para dizer pra eles que era possível sim, através do uso da organização dos trabalhadores, a gente chegar à presidência da República. E foi assim que nós criamos o Foro de SP”.
O encontro também contou com a participação de líderes de diversos países, incluindo Brasil, Espanha, Chile e Uruguai, e teve como principal objetivo discutir as estratégias para fortalecer a esquerda na região. Lula se mostrou satisfeito com o resultado da sua viagem, mencionando um possível início de diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Aquilo que parecia impossível, deixou de ser impossível e aconteceu. Eu fiquei feliz quando Trump disse que pintou uma química boa entre nós”, disse Lula em coletiva de imprensa.
O presidente destacou a importância da relação entre Brasil e Estados Unidos, mencionando interesses comuns nas áreas empresarial, industrial, tecnológica e científica, assim como nas discussões sobre inteligência artificial e comércio. Essa interação entre as duas maiores democracias do continente é vista por Lula como fundamental para o futuro.
