Sabe quando a campanha está a mil por hora, tudo certinho, estrategicamente perfeita, mas parece que o adversário vai ganhar? Isso tem nome.
Por que vivemos a campanha inteira ouvindo que o adversário é “muito forte”, o adversário é “mais popular”, “ninguém tira dele” e outros clichês que deixam nossa equipe totalmente desmotivada, até acreditando no que se está ouvindo, mesmo com pesquisas mostrando o inverso, as vezes.
Este fenômeno chama-se “Sentimento de vitória” que tem como objetivo exatamente os exemplos acima. Colocar em cheque a candidatura do opositor, desestabilizando a equipe adversária e fortalecendo o oponente, ao que todos apelidam de “rádio peão”.
Nada de amadorismo em nossa conversa, e como sempre digo, tudo profissional.
O fenômeno do sentimento de vitória é criado neste momento da campanha, onde pessoas despreparadas ou novatas, já saem às ruas dizendo que será deputado, por exemplo, só há ele na disputa, a cidade tem que fechar em cima de um nome apenas, caso contrario não haverá como eleger um representante, e toda a baboseira que conhecemos. Esta pessoa, que neste momento está em campanha nas ruas tentando se popularizar, poderá chegar no momento do início do marketing eleitoral (que você já sabe que é diferente de marketing político) e encontrar um adversário, alicerçado com a equipe pronta e profissionalmente inverter o cenário, elevando o estigma do sentimento de vitória a seu favor. E tem mais: às vezes até as pesquisas podem apontar o candidato “A” com uma intenção de votos maior que o “B” porém o “B”, está com um sentimento de vitória maior que suas intenções de votos.
No momento em que transferirmos a campanha do racional para emocional, este fenômeno contribui e muito, para alavancarmos uma boa quantidade dos votos dos indecisos.
Atuar com o sentimento de vitória em alta, é corrosivo a campanha do adversário em várias frentes que ele pode atuar.
Fonte: Gilberto Musto