Da redação do Conectado ao Poder
O indicado à vaga no Supremo Tribunal Federal se junta a outros ministros que não podem mais viajar para os Estados Unidos.

Jorge Messias, indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF), poderá se tornar o próximo ministro da Corte com o visto para os Estados Unidos cancelado, caso sua nomeação seja aprovada pelo Senado. O cancelamento do visto ocorreu em 22 de setembro, quando Messias exercia a função de chefe da Advocacia Geral da União (AGU), uma posição que envolve a defesa da União em disputas jurídicas.
Este ato foi uma reação do governo Donald Trump à condenação de Jair Bolsonaro e visou punir a chamada “rede-chave” de apoio ao ministro Alexandre de Moraes, que está à frente da investigação sobre uma suposta trama golpista que envolve o STF. Além de Messias, outros sete ministros do STF também tiveram seus vistos revogados, incluindo Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A única exceção na atual composição da Corte é a de três ministros: Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux, que ainda podem viajar para os Estados Unidos.
Na ocasião do cancelamento, Messias comentou que a situação era uma “página virada” e que seu foco estava em apoiar o governo Lula em negociações comerciais. Essa declaração destaca sua intenção de seguir trabalhando para o país, apesar das repercussões negativas que a revogação do visto pode representar para ele e outros membros da jurisdição superior.
Se a nomeação de Messias for confirmada pelo Senado, ele se juntará a seus colegas ministros já com vistos cancelados, somando-se a uma lista que inclui figuras de destaque na cena política brasileira. A expectativa é que a confirmação e a continuidade de sua atuação na AGU ajudem a moldar o futuro do STF em um momento delicado, marcado por desafios legais e políticos significativos.










