Portaria que estabelece a criação de Grupo de Trabalho está prestes a ser publicada pelo Ministério dos Transportes
A Secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes (MT), Viviane Esse, anunciou a intenção de emitir uma portaria na próxima semana para a formação de um grupo de trabalho, que reunirá representantes da União, do governo de Goiás e do Distrito Federal. A medida deve ser efetivada ainda em janeiro. “Acredito que, unindo forças, poderemos encontrar soluções para o transporte de passageiros entre Goiás e o DF”, destacou Esse. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na quinta-feira (21/12), que contou com a presença da secretária de Estado do Entorno do Distrito Federal (SEDF-GO), Caroline Fleury, e do superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Juliano Samôr.
Neste encontro, solicitado pela titular da Pasta de Goiás, Caroline Fleury apresentou tanto problemas urgentes, como o iminente aumento das tarifas para os usuários, quanto questões de longo prazo, como a necessidade de compartilhamento na governança do sistema e conduzir estudos detalhados para regularizar as linhas de transporte e as empresas envolvidas. “Nossa maior preocupação no momento é a previsão de novo aumento na tarifa em fevereiro, que deve piorar a situação para os usuários. Isso também afetará o setor produtivo, que depende da mão-de -obra que se desloca diariamente entre Goiás e o DF. Nosso objetivo é minimizar os impactos sobre a população, razão pela qual estamos unindo esforços para enfrentar essa crise”, enfatizou Caroline Fleury.
O novo reajuste de 10% na passagem interestadual entre Goiás e o DF está programado para 15 de fevereiro pela ANTT, órgão responsável pelo transporte interestadual. Este será o terceiro reajuste em menos de um ano, devido ao congelamento das tarifas em anos anteriores. Os aumentos anteriores foram de 12% em março e 15% em agosto de 2023.
A longo prazo, espera-se que o grupo de trabalho evolua para a criação de um sistema de gestão compartilhada do transporte na região, permitindo o desenvolvimento de soluções integradas. “O arranjo institucional atual gera desequilíbrio social enquanto busca equilibrar a economia e garantir a sobrevivência das empresas. Portanto, uma gestão mais eficaz se torna uma necessidade urgente”, observou Juliano Samôr.
Outra linha de ação é revisar o sistema com base em estudos atualmente em preparação pela Infra SA. Essas análises aprofundadas fornecerão informações cruciais para uma ampla reestruturação e melhoria do sistema, incluindo dados precisos sobre linhas, números de usuários, empresas envolvidas e outros aspectos. Um dos objetivos é conduzir licitação para o sistema, que atualmente encontra-se precarizado na maior parte das linhas.