Motta busca alternativas para anistia de Bolsonaro sem confrontar o STF

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Da redação do Conectado ao Poder

Presidente da Câmara evita confronto com o STF e pressiona por uma solução sem anistia ampla ao ex-presidente.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, está buscando alternativas para lidar com a questão da anistia de Jair Bolsonaro sem gerar um confronto direto com o Supremo Tribunal Federal (STF). Os aliados de Motta afirmam que ele pretende adiar a discussão para encontrar uma solução que tenha a aceitação do Senado, do STF e do governo Lula.

A pressão por um voto sobre a anistia se intensificou após a recente condenação de Bolsonaro pelo STF, o que faz com que os apoiadores do ex-presidente demandem uma votação imediata. No entanto, o governo Lula está preparado para barrar a proposta, argumentando que o julgamento de Bolsonaro ainda não está encerrado, uma vez que ainda existem recursos a serem analisados.

A pauta da Câmara se tornará um campo de batalha entre o PL, que procura velocidade na votação da anistia, e o governo, que prioriza a aprovação de um projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda.

Entre as alternativas planejadas por Motta está a possibilidade de um texto que reduza penas para condenados por tentativas de golpes, o que poderia beneficiar não apenas Bolsonaro, mas também outros indivíduos implicados nos eventos de 8 de janeiro. Essa opção é apoiada por diversos partidos, incluindo alguns da esquerda.

Além disso, um plano em discussão é de garantir que a anistia não estabeleça um perdão total, mas possibilitar uma prisão domiciliar para Bolsonaro, mantendo sua inelegibilidade. No entanto, essa proposta enfrenta resistência dentro do PL, que deseja uma anistia mais abrangente.

O cenário atual demonstra que Motta procura uma solução que evite um desgaste maior e, como indicam fontes, ele já comunicou ao governo Lula sobre suas intenções. O embate entre as camadas políticas se intensifica, enquanto Motta navega entre os interesses dos deputados e as exigências do governo.

A condução da anistia e sua aceitação estão entre os desafios que o presidente da Câmara terá que enfrentar, visando manter a estabilidade no Congresso e ao mesmo tempo acomodar as demandas do seu grupo político, que inclui tanto bolsonaristas quanto membros de partidos de centro.

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