Na estreia do teto do cheque especial, juros cobrados caem de 248% para 166% ao ano

Os juros médios do cheque especial caíram de 247,6% para 165,6% ao ano em janeiro, no primeiro mês de vigência das regras que impõem um limite para a cobrança pelos bancos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (dia 27) pelo Banco Central, dentro do relatório mensal sobre o mercado de crédito.

A taxa mensal do produto ficou em 8,5%, contra 10,9% ao mês em dezembro. Ela ficou acima do limite de 8% ao mês porque considera contratos que já estavam em vigor e que não são afetados imediatamente pela medida. O BC destacou que entram no dado também encargos fiscais e operacionais sobre a operação de crédito.

Apesar da queda, os juros ainda são altos sob qualquer ponto de vista. Especialistas em finanças pessoais desaconselham que as pessoas entrem nessa modalidade de crédito, uma das mais caras do mercado.

O que foi a regra determinada pelo BC? Em vigor para empréstimos novos desde 6 de janeiro, a norma fixa um limite de 8% ao mês para os juros do cheque especial, o equivalente a uma taxa de 151,82% ao ano. Bancos passaram a ser autorizados a cobrar uma tarifa para clientes que possuam um limite acima de R$ 500, mas muitos deles acabaram por isentar os correntistas diante da competição com outras instituições financeiras.

Veja abaixo os demais destaques do relatório do BC:

  • O estoque total de crédito no Brasil caiu 0,4% em janeiro sobre dezembro, para R$ 3,463 trilhões
  • Os juros médios das novas concessões de crédito subiram em janeiro para 33,7% ao ano, acima dos 33,4% em dezembro, no segmento em que as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras
  • A inadimplência no segmento de recursos livres subiu 0,1 ponto percentual, para 3,8%.
  • O título de modalidade de crédito mais cara do mercado cabe agora ao rotativo do cartão de crédito, que ficaram em 316,8% ao ano em janeiro, com leve recuo em relação à taxa de 318,8% em dezembro.

Fonte: 6 Minutos

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