Da redação do Conectado ao Poder
O advogado e candidato a deputado federal Paulo Roque (Novo) foi entrevistado no programa Conectado ao Poder, da TV Cultura, pelo jornalista Sandro Gianelli, e lembrou de sua votação em 2018, falou a sua razão em ser candidato, comentou sobre o processo para entrar no Novo, além de falar sobre sua visão de ensino profissionalizante, citar qual será seu foco caso seja eleito e colocar seu ponto de vista sobre reeleição. O Conectado ao Poder vai ao ar, toda quarta-feira, às 23h, na TV Cultura, canal 5.1. Confira a entrevista:
Quantos votos você teve em 2018 para o Senado?
Eu tive 202.834 votos. Foram duramente conquistados e acho que as pesquisas me atrapalharam.
Por qual motivo você entende que elas tenham sido prejudiciais?
Elas mostravam que eu ia ter 1% dos votos, que dava 20 mil votos. Foi o erro com a maior margem de erro da história.
Por que você é candidato?
Financeiramente eu não preciso, mas eu Paulo Roque preciso, porque nenhuma mudança no nosso país será feita se não for pela política. A política pode nos levar para o abismo, como já levou vários países, mas pode também nos levar a um grande horizonte. A Coreia do Sul, por exemplo, na década de 60 tinha 1⁄5 da renda de um brasileiro, era pobre e hoje, ela tem cinco vezes a renda nossa, a política foi muito importante, a educação e a valorização ao empreendedor também.
Como está o sentimento em ser candidato a deputado federal?
Estou muito animado com a campanha. Eu apareço em todas as pesquisas hoje no DF, estou no pelotão da frente nas espontâneas, que traz o voto de quem já decidiu. Nós vamos, se Deus quiser, ocupar uma das oito vagas de deputado federal do DF.
Em nível nacional, o Novo elegeu quantos deputados federais nas eleições passadas?
Foram oito federais.
Você acredita que esse número possa aumentar?
O Novo vai dobrar a bancada, porque São Paulo vem muito forte, Minas também, Rio Grande do Sul do mesmo modo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Brasília igualmente, então a meta é dobrar a bancada e nós vamos conseguir.
Qual é o principal nome aqui no DF?
Circunstancialmente, sou eu. O Novo tem um processo de formação de lideranças e, para entrar no Novo, não basta você ser candidato, você tem que fazer um processo seletivo e as lideranças vão emergindo dentro do partido. O Novo cobra, prepara as pessoas, existem cursos sobre formações políticas, sobre legislação, além de uma espécie de TCC.
O que você acha de todo esse processo?
Tem que existir isso sim. As pessoas têm que ter noção das coisas, porque não é só votar leis, mas sim fiscalizar e é onde o nosso parlamento tem falhado muito. Nós temos o Plano Nacional de Educação, que é uma das leis mais belas que o Brasil já aprovou, mas alguns ajustes precisam ser feitos. Não dá para brincar!
Você permaneceu no Novo, outros partidos te chamaram?
Eu tive ofertas de partidos maiores, que diziam que me dariam todo orçamento do fundo eleitoral e eu faço campanha sem fundo eleitoral, o Novo não usa fundo eleitoral, então tem que ter coerência, porque o eleitor cobra de você. Eu estou muito à vontade no Novo.
O Reguffe compartilha das mesmas ideias, ele não podia ter ido para o Novo?
Ele foi convidado várias vezes, mas isso é uma decisão pessoal dele, vai responder pelas escolhas dele, tem a autonomia dele, é um homem que tem sua história no DF, inspirou muita gente a entrar na política, mas eu acho que ele no Novo teria muita identidade.
Qual é a sua visão sobre o ensino profissionalizante?
É essencial que o jovem tenha o ensino profissionalizante, porque ele já podia sair do ensino médio com uma profissão e, simplesmente, ele não tem. É uma covardia impor que o jovem, para ter uma profissão, vá para a faculdade e isso só acontece no Brasil.
Se eleito, qual será o seu foco no Congresso Nacional?
Eu vou estar focado na conexão com o cidadão, que quer ver o Brasil avançar, quer uma saúde de qualidade, quer uma educação de qualidade e quer geração de riqueza para ter oportunidade para os jovens. Eu vou cobrar uma reforma tributária que priorize o cidadão.
Todo ano se fala em votar a reforma tributária, mas nunca vai para frente. Por que você acha que isso acontece?
Estão pensando no Estado que vai perder receita, mas, desse modo, sem a reforma, é que perde.
Lá em Minas, o Zema se reelege?
No primeiro turno. Ele é queridíssimo em Minas Gerais, por servidores públicos, empreendedores. É um homem simples, que sabe gerir.
O que você acha da reeleição?
Eu não gosto da reeleição. O Brasil não podia ter uma classe política profissional. Ao invés de pensar em uma ideologia boa para a sociedade, estão preocupados com a reeleição.
Confira a entrevista: