No dia da votação do impeachment, Dilma é vista caminhando na Alvorada

brazil-politics-rousseff_ueslei_marcelino_reutersPresidente abriu mão do passeio de bicicleta, que faz há cerca de um ano. Senado decide nesta quarta se ela deve ser afastada por até 180 dias.

A presidente Dilma Rousseff abriu mão do passeio de bicicleta e foi vista apenas caminhando pela área do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (11), no dia da votação do impeachment no Senado.

Os passeios de bicicleta da presidente começaram no fim de maio do ano passado. Ela geralmente sai acompanhada de seguranças e vestida de calça, blusa, casaco e tênis próprios para atividades físicas e utiliza capacete e óculos escuros.

Nesta terça (10), véspera da votação no Senado, Dilma pedalou pelas proximidades do Palácio da Alvorada. Ela estava acompanhada de três seguranças e quase não havia pessoas na rua durante o percurso.

A sessão que define a abertura ou não do processo de impedimento da presidente estava prevista para começar às 9h desta quarta. Uma interrupção ocorrerá ao meio-dia. A discussão será retomada às 13h e interrompida novamente às 18h. A sessão deve então ser retomada às 19h e seguir até o final da votação.

Os parlamentares vão votar nesta quarta o parecer do relator da comissão especial do impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), que defende a abertura do processo de afastamento.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (10) que Anastasia (PSDB-MG) e o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, devem ser os últimos a falar – por 15 minutos cada um.

Os senadores vão decidir se o Senado abre ou não o processo de impeachment da presidente. Se a maioria simples (metade dos presentes mais um) aprovar a instauração do processo, Dilma será afastada, e o vice Michel Temer assumirá a Presidência da República. Se o parecer for rejeitado, o processo é arquivado.

Nesta segunda, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) chegou a anular a votação feita pelos deputados nos dias 15, 16 e 17 de abril, acolhendo pedido feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. O substituto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recuou e revogou a própria decisão horas depois.

Fonte: G1

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