Apesar de vagos os cargos no ministério da Educação e na secretaria de Comunicação do governo, a próxima indicação da presidente Dilma Rousseff será para o ministério do Turismo. De acordo com informação de um parlamentar peemedebista, o diário Oficial da União pública nesta sexta-feira (27) a nomeação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em substituição a Vinicius Lages, atual titular da pasta.
A nomeação de Alves é uma tentativa da presidente Dilma Rousseff no sentido de amenizar os problemas junto à bancada na Câmara, o que não deve ocorrer. “Não temos nada contra o Henrique, mas não é uma indicação da bancada da Câmara”, afirma um deputado peemedebista.
Ele disse que a nomeação do ex-presidente da Câmara deveria ter sido feita desde dezembro, mas como pairava sobre o nome de Alves a suspeita de envolvimento no esquema da Lava Jato, a indicação foi adiada para depois da lista. “Esse ministério será bom para ele, mas não para nós. Isso não vai mudar nada”, avalia.
A fonte peemedebista revelou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não quer entrar no governo e que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) quer desembarcar. As possíveis mudanças nos ministérios não devem amenizar o clima tenso entre o Planalto e o Congresso.
“Hoje, se o governo der ao PMDB dez ministérios, ainda assim não resolveria o problema”, afirmou o deputado. Para ele, a presidente deve continuar perdendo projetos importantes. “O que não podemos fazer é quebrar o país, isso não vamos deixar, mas apoiar o governo, não mais”, garantiu.
Fonte: fatoonline.com.br