Da redação do Conectado ao Poder
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos realizou sua segunda oitiva nesta quinta-feira (9), com o depoimento da ex subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e atual delegada da Polícia Federal, Marília Ferreira de Alencar.
Após questionamento da deputada Paula Belmonte (Cidadania) à delegada Marília, em relação a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), supervisionada pelo atual presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, ela conclui que, a Agência tinha informações em que havia manifestantes no dia 8 de janeiro, na Praça dos 3 Poderes, mas nenhuma atitude foi tomada para intervir a situação.
“Houve falha sim, do âmbito federal, porque nós tínhamos uma Agência de Inteligência subordinada ao presidente Lula e nós vimos vários atos que aconteceram aqui e que não tiveram a ação do Governo Federal.” Segundo ela, isto ocorreu porque “a Polícia Militar do DF foi colocada numa emboscada e essa emboscada foi feita pelo Governo Federal”, afirma a deputada.
Durante as falas de Paula Belmonte, o presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), interviu duas vezes afirmando que ela não podia vincular esta questão ao presidente Lula.
Pela segunda vez, ele contrapôs dizendo “Não posso deixar que algumas coisas sejam afirmadas aqui como sendo absolutamente verdadeiras. O governo federal agiu na hora que achou que tinha que agir”. O presidente da CPI continua “Não é o Governo Federal que faz a segurança dos Estados, são os governadores. Portanto, o Governo Federal agiu quando o governo do Distrito Federal não agiu, intervindo na segurança pública e afastando o secretário”, conclui Chico Vigilante.