Estruturas de captação de águas pluviais ficarão vedadas até que todos os serviços sejam finalizados. Ao todo, estão sendo instaladas 291 novas entradas de bocas de lobo, que vão duplicar a capacidade do sistema; GDF investiu R$ 180 milhões no projeto
Se você andar pelos arredores das obras do Drenar DF, nas quadras iniciais da Asa Norte, vai perceber que há várias bocas de lobo lacradas com tijolos ou blocos de concreto. Num primeiro momento, você pode até estranhar, mas a vedação será feita até que todo o sistema de captação e escoamento de águas pluviais esteja pronto para uso.
Ao todo, estão sendo instaladas 291 novas entradas de bocas de lobo, que vão duplicar a capacidade do sistema de captação de águas pluviais, sem deixar de lado o que já funciona. É como se os esforços das duas redes — a nova e a mais antiga — fossem somados. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 180 milhões no projeto.
“Como o sistema não está totalmente pronto, não pode entrar água nas galerias. Mas quando tudo estiver pronto para funcionar, as bocas serão liberadas”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho.
Os novos pontos serão um reforço à rede de captação de águas já existente e estão localizados ao longo dos cinco lotes do projeto, desde as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.
Os pontos de instalação foram definidos a partir de um levantamento que apontou trechos críticos de alagamento ou de empoçamento de água na Asa Norte. Também foram beneficiados pontos da cidade em que não havia bocas de lobo, como o Setor de Rádio e Televisão Norte (SRTVN). Na prática, as bocas de lobo continuam descarregando na rede antiga de captação, que é interceptada em sete pontos pela nova rede.
“Em alguns pontos da rede de drenagem foram encontrados trechos de quase 300 metros de via sem nenhuma boca de lobo. Em outros pontos também já sabíamos que eram trechos de alagamento mais forte, como no eixinho, perto do estádio. Todos esses trechos foram reforçados”, detalha Hamilton Lourenço.
Etapas
Das 291 bocas de lobo previstas no Drenar DF, 235 já foram finalizadas. Todas as instalações serão um reforço à rede de captação de águas já existente. Dos 108 poços de visita (PVs) projetados, todos tiveram a escavação e montagem concluídas. As estruturas verticais possibilitaram a escavação das galerias, por onde passará a água captada pelo sistema de drenagem, com incômodo mínimo para a população.
Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.
Parque Internacional da Paz
Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção do Drenar e uma praça.
Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo de aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.
O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
Fonte: Agência Brasília