Sampaio buscará construir ”pontes” para onde existirem aliados em potencial para a gestão Rollemberg e fugir da imagem de ”super secretário”.
Sérgio Sampaio chega ao comando da Casa Civil procurando conter as brigas políticas vivenciadas pelo Palácio do Buriti, especialmente com a Câmara Legislativa. A partir da próxima semana, ele assume discurso de aperfeiçoamento da gestão, conciliação e negociação, em tudo diferente da linha do antecessor Hélio Doyle.
Nem por isso há sinais de que o GDF cederá ao estilo “toma lá dá cá”, que Doyle dizia combater. Sampaio buscará construir “pontes” para onde existirem aliados em potencial para a gestão Rollemberg e fugir da imagem de “supersecretário”. Foi o que disse ontem o futuro chefe da Casa Civil.
Governador é que articula
“O governador é o nosso primeiro representante na articulação política. Ele, obviamente, toma as decisões e norteia toda a administração”, disse o futuro chefe da Casa Civil. Sampaio disse que a relação o governo já conta com órgãos específicos para fazer o dialogo com os deputados distritais, a começar pela pasta das Relações Institucionais, mas deixou clara a disposição de interpretar o papel de interlocutor político, quando necessário.
A Comunicação do GDF será desvinculada da Casa Civil. Segundo Sampaio, a decisão do novo formato será do governador. Com esta posição, pelo menos nos primeiros passos, Sampaio busca afastar as acusações de centralização de poder na Casa Civil e de que ele que poderia ser mais forte politicamente do que o governador, duas das chagas que levaram à saída e Doyle.
A melhoria da gestão será a tônica. Além de proporcionar mais celeridade às ações, especialmente, na saúde, transporte e ocupação do solo, o novo chefe da Casa Civil buscará melhorar o cenário econômico para o investimento privado e criar empregos.
Ligações com as bancadas ao longo da carreira
A convivência com 513 deputados federais gerou uma experiência considerável para Sampaio e ele pretende deixar esse ativo político à disposição de Rollemberg. “A Casa Civil é um órgão de governo. Negar um papel político à Casa Civil, obviamente, que isso não vai acontecer”, declarou.
“Ao longo de tantos anos na Câmara de Deputados, construí pontes, construí ligações importantes em relação a todos os partidos”, comentou. Nas palavras de Sampaio, sua postura não poderia ser de vinculação de um partido e exclusão de outro. Porque senão, não poderia ter a legitimidade e confiança.
“Se eu puder contribuir de alguma forma colaborar nessa costura política, e o governador poderá me acionar, obviamente, estarei à disposição”, declarou.