Novo chefe da Casa Civil promete prioridade para melhoria da gestão

20150612004357Sampaio buscará construir ”pontes” para onde existirem aliados em potencial para a gestão Rollemberg e fugir da imagem de ”super secretário”.

Sérgio Sampaio chega ao comando da Casa Civil procurando conter as brigas políticas vivenciadas pelo Palácio do Buriti, especialmente com a Câmara Legislativa. A partir da próxima semana, ele assume discurso de aperfeiçoamento da gestão, conciliação e negociação, em tudo diferente da linha do antecessor Hélio Doyle.

Nem por isso há sinais de que  o GDF cederá ao estilo “toma lá dá cá”, que Doyle dizia combater. Sampaio buscará construir “pontes” para onde existirem aliados em potencial para a gestão Rollemberg e fugir da imagem de “supersecretário”. Foi o que disse ontem o futuro chefe da Casa Civil.

Governador é que articula

“O governador é o nosso primeiro representante na articulação política. Ele, obviamente, toma as decisões e norteia toda a administração”, disse o futuro chefe da Casa Civil. Sampaio disse que a relação o governo já conta com órgãos específicos para fazer o dialogo com os deputados distritais, a começar pela pasta das Relações Institucionais, mas deixou clara a disposição de interpretar o papel de interlocutor político, quando necessário.

A Comunicação do GDF será desvinculada da Casa Civil. Segundo Sampaio, a decisão do novo formato será do governador. Com esta posição, pelo menos nos primeiros passos, Sampaio busca afastar as acusações de centralização de poder na Casa Civil e de que ele  que poderia ser mais forte politicamente do que o governador, duas das chagas que levaram à saída e Doyle.

A melhoria da gestão será a tônica. Além de proporcionar mais celeridade às ações, especialmente, na saúde, transporte  e ocupação do solo, o novo chefe da Casa Civil buscará melhorar o cenário econômico para o investimento privado e criar empregos.

Ligações com as bancadas ao longo da carreira

A convivência com 513 deputados federais gerou uma experiência considerável para Sampaio e ele pretende deixar esse ativo político à disposição de Rollemberg. “A Casa Civil é um órgão de governo. Negar um papel político à Casa Civil, obviamente, que isso não vai acontecer”, declarou.

“Ao longo de tantos anos na Câmara de Deputados, construí pontes, construí ligações importantes em relação a todos os partidos”, comentou.  Nas palavras de Sampaio, sua  postura não poderia ser de vinculação de um partido e exclusão de outro. Porque senão,  não poderia ter a legitimidade e confiança.

“Se eu puder contribuir de alguma forma colaborar nessa costura política, e o governador poderá me acionar, obviamente, estarei à disposição”, declarou.

Aceno de paz na direção dos funcionários
O novo chefe da Casa Civil não quer manter o clima de guerra entre o GDF a Câmara e os servidores. Para Sampaio, também as demandas dos parlamentares não podem ser menosprezadas, pois foram eleitos pelo voto para representar segmentos da sociedade.
“Não existe uma rivalidade entre instituições, de maneira nenhuma. Nós buscaremos, naquilo que pudermos,  alinhamento com as demandas da Câmara Legislativa. Não estou falando, necessariamente, em cargos”, comentou.
  Em relação aos servidores, Sampaio os qualifica como componentes  “valorosos”  da administração. Para recuperar o engajamento das categorias, o novo chefe da Casa Civil estuda projetos para melhorar as condições de trabalho e aumentar a motivação dos trabalhadores.
Fonte: Jornal de Brasília
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