Nas próximas eleições, tanto para o cargo de prefeito como para vereadores, sempre os detalhes tradicionais de uma campanha eleitoral, são questionados se, agora na modernidade, existe espaço para repetir algumas estratégias ou não. Antes de mais nada é importante frisar que uma eleição e suas estratégias de mobilização necessitam de todos os ingredientes para teorizar o espetáculo da “festa da democracia”.
Na Grécia antiga, a “teoria do espetáculo”, implantada pelos que almejavam o poder, nada mais eram do que grandes marchas, ou passeatas de todos os admiradores de um ou outro candidato pelas ruas, desaguavam em uma praça, local estipulado para eventos com requintes de admiração e audiência do interlocutor. Também conhecida como Ágora. Onde era privilegiado o candidato que citava mais os nomes das pessoas do público, demonstrando ser popular.
Em nossos tempos, com uma incidência de comícios bastante menor, em relação a antes de 2004 (quando foi proibido os showmícios), a carreata se bem articulada e produzida com organização, se faz cumprir parte da teoria do espetáculo, demonstrando engajamento, força, e mobilização do candidato.
Detalhes que devem ser observados: Em determinadas regiões do nosso Brasil, os costumes são diferentes, e verificar o melhor momento é imprescindível. As 11h00 de um sábado, ou as 17h00 de um domingo? Passar pelo centro da cidade e chegar a periferia ou o contrário? Fazer uma só carreata no último dia que a Justiça permite ou outras no meio da campanha? A carreata sai e acaba no lugar do comício, com pronunciamento do candidato, ou apenas um agradecimento e uma fala curta?
Assim deve-me medir suas características com o melhor planejamento e tomar cuidado com motoqueiros remunerados, cabos eleitorais contratados, bandeiras sem suporte de suprimentos pelo percurso, e carros de som postados para que o jingle seja ouvido em toda a sua extensão. Se assim for organizado, sugiro ter a carreata.
Traçar o itinerário e se ater as técnicas de retorno, faz aumentar ainda mais o impacto da carreata.
Por Gilberto Musto