“O Parlamento está sendo calado desde a prisão do Daniel Silveira”, diz Bia Kicis

Da redação do Conectado ao Poder

Deputada entende que “estamos vivendo um regime de exceção”

Na segunda-feira (5), a deputada federal Bia Kicis (PL) teve, por decisão judicial, todas as suas redes sociais bloqueadas, sem qualquer entendimento, como relatou durante entrevista para o programa Pânico da Jovem Pan. “Primeiro eu tive as redes bloqueadas, para depois saber o motivo, então começou tudo errado, porque você não pode ter uma medida judicial sem você ter direito à manifestação ou defesa prévia”, comentou.

Bia falou sobre o que chegou até ela. “Eu recebi a notificação e ela está no bojo do Inquérito das Fake News, que dura três anos e é completamente inconstitucional. A razão dita no despacho do ministro Alexandre de Moraes seria porque eu teria compartilhado um vídeo, durante as eleições, em que parecia que presidiários estavam comemorando a vitória de Lula, mas a informação que veio no despacho é de que fontes checadoras avaliaram e viram que o vídeo é fake, porque foi uma comemoração que houve no Maranhão em 2016 e editaram o som para parecer gritos de Lula, mas eu soube que era fake na petição, e meio Brasil compartilhou. Isso não faz de mim uma criminosa que está abalando a democracia”, explicou.

Outro ponto para a retenção de seus canais diz respeito às urnas. “Outro fato seria eu, como autora da PEC do voto impresso, ter postado que as urnas são passíveis de fraude, algo reconhecido até pelo TSE.  Esses foram os motivos para que as minhas redes fossem caladas imediatamente. Estamos vivendo um regime de exceção”, pontuou.

“Nós estamos articulando, falando em obstrução total. Há vários parlamentares unidos. Eu tenho feito denúncias no plenário da Casa, mesmo antes de eu ser a atingida, porque não se trata da gente personalizar o problema, é o Parlamento que está sendo calado e isso desde a prisão do Daniel Silveira. Graças a Deus, grande parte dos parlamentares está consciente disso e eu acredito que temos força para lutar contra”, disse.

“As redes são extensão do nosso mandato, então nós não podemos ser calados. A gente se comunica com os eleitores por lá e reverbera o que é feito dentro do Congresso Nacional”, expressou Bia.

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