O PL da Censura é gravíssimo e precisa ser derrubado pelo Congresso Nacional

Distrital Thiago Manzoni conclama brasileiros a dizer não à censura

Foto: Jeremias Alves

Na última terça-feira (25), pouco antes da votação na Câmara Federal para aprovar o requerimento de urgência para incluir o PL da Censura na pauta, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL) se manifestou no plenário da Câmara Legislativa sobre a gravidade do tema. O Projeto de Lei 2630/2020 tem o nome maquiado de “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”, mas, na prática, é uma “Lei da Censura”.

Em sua fala na tribuna, o deputado Thiago Manzoni esclareceu que o PL da Censura decidirá o que o cidadão brasileiro pode dizer e postar em suas redes sociais. “A gente vai ter aqui no Brasil, se isso de fato acontecer, um Ministério da Verdade que decide o que é, ou não, verdade. Isso começou quando inventaram a expressão Fake News, que, na verdade, é o que se diz e alguns poderosos do Brasil dizem que isso não pode ser dito”, explicou Manzoni.

Entretanto, o distrital mostrou a incoerência da proposta, considerando que esse mesmo governo que quer regular a verdade tem um presidente condenado, que de fato mente: “O presidente Lula foi condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba por causa do ‘Petrolão’. Dizem que o juiz Sérgio Moro perseguia o Lula, mas a condenação foi aumentada na segunda instância de julgamento. O TRF da 4ª região aumentou a pena do Lula, e o STJ manteve a condenação do Lula. Ele foi condenado em três instâncias de julgamento e o STF, anos depois, inclusive após ele cumprir mais de um ano de pena, anulou o processo por conta de uma questão formal e não por conta do mérito do processo. Foi uma questão de vício de competência, e o Lula diz que foi absolvido. Isso é Fake News, ou não?”, indagou Manzoni.

O parlamentar deu outro exemplo de mentira do presidente Lula, quando, durante uma coletiva de imprensa em Portugal, ao ser questionado por sua fala pública de culpar os presidentes da Ucrânia e da Rússia pela guerra em curso: “ele falou isso na China e nos Emirados Árabes. Em Portugal, ao ser indagado pela matéria, é de pasmar, ele fingiu que não entendia a língua portuguesa. E agora a gente vai ter um órgão aqui no Brasil que decidirá o que é verdade e o que não é verdade. E essas verdades que hoje estou dizendo em tribuna, provavelmente serão censuradas”.

O distrital reforçou ainda que o período que estamos vivendo no Brasil é muito grave. Um órgão não pode concentrar em si o poder de definir o que é verdade. “Eu encerro conclamando o povo brasileiro a pedir que os deputados e senadores votem não ao PL da Censura”, concluiu.

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