Da redação do Conectado ao Poder
O gestor público e candidato a deputado federal Marcos Domingos (PP) foi entrevistado no programa Conectado ao Poder, da TV Cultura, pelo jornalista Sandro Gianelli, e lembrou a trajetória de seu pai, Benedito Domingos, falou de um projeto relacionado a um metrô que ligue Águas Lindas de Goiás até a rodoviária do Plano Piloto, mencionou o cuidado que a sociedade tem que ter com os idosos, além de falar de Cristofobia, destacar suas defesas e afirmar que as pesquisas estão equivocadas. O Conectado ao Poder vai ao ar toda quarta-feira, às 23h, na TV Cultura, canal 5.1. Confira a entrevista:
O seu pai, Benedito Domingos, ficou quanto tempo na vida pública?
Praticamente 26 anos. Foram dois mandatos de deputado distrital, dois de federal, um de vice-governador, disputou uma eleição para o Senado e uma para governador, que ficou em terceiro lugar.
Dizem que seu pai foi um dos grandes articuladores para o Túnel de Taguatinga sair do papel, isso é verdade?
É verdade absoluta. Na época, ele esteve com o ministro Márcio Fortes e R$ 400 milhões foram conseguidos para fazer a execução do Túnel, mas esse recurso acabou se perdendo por falta de elaboração final dos projetos.
Quando essa situação acontece, o governo não pode contratar uma empresa para fazer o projeto?
Pode e isso é a coisa mais normal. Existem muitos contratos de elaboração de projetos que você contrata empresa especializada, mas eu acho que falta mais dedicação. Tem que elaborar e defender bons projetos, no momento certo.
Como é a sua proposta em relação a um transporte que viria de Águas Lindas?
O Roriz fez, em dois anos, o metrô de Brasília, então se você considerar hoje a população de Águas Lindas, 180 mil pessoas saem sentido DF. Como eu fui secretário de obras lá, eu consegui fazer muito, levei muito recurso, executei muitas obras e o transporte público pode ter uma qualidade boa em algumas regiões e em outras não e pensando na distância de 45 km em linha reta, seria uma viabilidade de um metrô de custo baixo, que sairia lá da Morada da Serra e chegaria até a rodoviária, só que no decorrer você atenderia uma população grande, porque você tem QNR, Setor O, expansão do Setor O, M Norte, Taguatinga Norte, com ramais que ligariam e na QNO seria um ramal, um outro sairia pelo Pistão Norte e chegaria até a Estação Estrada Parque, que continuaria em linha reta, pegando Vicente Pires, Estrutural, Cidade do Automóvel, Setor de Inflamáveis, Setor de Cargas, Feira dos Importados, entraria no Cruzeiro, sairia no Sudoeste, ia para o Parque da Cidade, depois Setor Comercial Sul e chegaria na Rodoviária.
Quantas pessoas seriam atendidas?
1,5 milhão de pessoas.
Qual seria o custo?
Hoje, não tem um custo previsto, porque o custo de obra é muito variável, mas garanto que seria um custo bem mais em conta do que um metrô em São Paulo, por exemplo. É algo viável, com parceria público-privada (PPP), além de ter recursos da União.
Você acha que a expansão do metrô é algo realmente preciso?
É uma necessidade. Para a parte Norte, estão falando de Veículo Leve sobre Pneus (VLP), e se fosse viável, seria a solução também, mas tem que ver o que é mais adequado em termos de gastos, porque quando você pensa nisso, tem que pensar olhando para o futuro também, não só no presente e quando existe esse tipo de construção, toda uma macrorregião é desenvolvida.
Qual é a sua visão em relação ao cuidado com os idosos?
Hoje são 400 mil idosos no DF, daqui para 2030 serão 600 mil e em 2050 quase 1 milhão e quem cuida desse pessoal? Não temos hospitais específicos para idosos, não existe um, sequer, específico. Se procurar, existem alguns privados com certos atendimentos, mas não existe público. Se a gente não cuidar dessa população, não vale a pena.
No âmbito religioso, o que é a Cristofobia?
O presidente Jair Bolsonaro levantou essa questão dentro da ONU, porque hoje são 260 milhões de cristãos perseguidos no mundo todo e oito são mortos todos os dias. Ninguém tem direito de ridicularizar nem Cristo e nem os Cristãos, então tem que virar crime, igual é com homofobia e racismo. Eu sei que no passado teve uma tramitação, mas não sei se avançou, nós vamos apoiar, para que seja votado.
Quais são as suas reais defesas?
Eu sou contra o aborto, sou contra a ideologia de gênero, defendo a família, sou totalmente contra a erotização da criança.
As pesquisas indicam Lula vitorioso. Você acredita que nas urnas o resultado será diferente?
Totalmente diferente. Qual instituto de pesquisa acertou em 2018? Eu acredito que os resultados de Ipec e DataFolha estão ideologicamente alinhados. É desespero, porque perderam dinheiro. Eu converso com as pessoas e 99% são bolsonaristas. Eu falo sem surpresa nenhuma que nós teremos de 75 a 80 milhões de votos, se não tiver problema.
Confira a entrevista:
