Por Sandro Gianelli
O deputado federal Alberto Fraga (DEM) queria ser o líder da bancada do Democratas na Câmara dos Deputados. A liderança garantiria mais espaço no Congresso e maior exposição na imprensa, tudo que um pré-candidato ao governo deseja e necessita. Fraga acabou sendo derrotado e não aprovou a atitude dos companheiros de partido.
“Eles me perguntaram se eu iria apoiar o Bolsonaro e eu falei que iria. Perguntaram se eu ia votar a favor da reforma da previdência e eu disse que não. Então articularam e me passaram uma rasteira”.
Alberto Fraga, presidente do Democratas do Distrito Federal.
A atitude do Democratas deixou Fraga irritado. O deputado chegou a cogitar sair do partido e se filiar no MDB de Michel Temer e Filippelli. A definição ainda não foi anunciada e se a troca de partido ocorrer em cima do prazo final de filiação partidária deixará o DEM inviabilizado nas eleições de 2018.
Prazo final
Sábado, dia 7 de abril, é o último dia da filiação partidária para aqueles que querem se candidatar nas eleições de outubro.
Indefinição
A maioria dos pré-candidatos ainda não sabem em qual partido irão se filiar. A ação, demonstra a falência dos partidos políticos. Poucas são as siglas, que por ideologia, possuem uma nominata formada.
Viabilidade eleitoral
Sai a ideologia partidária e entra a possibilidade de eleição. Hoje o que importa para os candidatos é se o partido tem ou não condições de, no primeiro momento, fazer legenda, e no segundo momento, se – aqueles que possuem votação testada nas urnas – possuem condições de serem eleitos nestes partidos.
Articulações partidárias
Além da definição dos partidos, os pré-candidatos contam com outros fatores decisivos e que saem da sua definição. Um exemplo são as articulações das executivas nacionais. Outro exemplo são as formações de legendas estaduais. Estes dois momentos mudam por completo o planejamento individual dos pré-candidatos.
Longe de uma definição
No Distrito Federal, temos diversos partidos com situação indefinida, não apenas em relação a formação das nominatas, mas principalmente, voltado para questões de troca de comando nas executivas e até de definição nos apoios majoritários locais.
Recado dado
O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), em conversa com o presidente do PRP, Adalberto Monteiro, afirmou que o Bispo Robson Rodovalho (líder da Igreja Sara Nossa Terra e ex-deputado federal), pediu que ele prestasse bastante atenção no General (Paulo Chagas, pré-candidato a governador pelo PRP-DF).
Candidatura própria
Adalberto ficou lisonjeado, com um ar de que fez a escolha certa, ao convencer o General Paulo Chagas a se filiar ao PRP e garantir legenda para que, pela primeira vez nas eleições do Distrito Federal, o PRP tenha candidatura própria.
Parceria encerrada
Rodrigo Delmasso desejou sorte ao ex-coordenador de sua campanha, André Brandão, que pretende concorrer a uma vaga na Câmara Legislativa. Como os dois vão disputar o mesmo cargo, a parceria chegou ao fim. André foi administrador do Guará por indicação de Delmasso e permanece no comando da TCB por decisão do governo.
Incentivo governista
Nos bastidores circula rumores de que o próprio governo tenha incentivado Brandão a rachar com Delmasso e traçar seu caminho político como protagonista. Delmasso chegou a ser líder do governo. Questionado sobre o fato – que se for confirmado seria uma traição por parte do governo – Delmasso prefere não acreditar.
* A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a sexta no Portal Conectado ao Poder, no Jornal Alô Brasília e no Portal Alô Brasília.