A operação policial antiterrorista em Saint-Denis, no norte de Paris, terminou, informou o porta-voz do governo francês, Stéphane de Foll.
Ele não deu detalhes da operação, o que deverá ser feito pelo ministro do Interior, Bernard Cazaneuve.
O porta-voz anunciou o fim da operação em entrevista após reunião do Conselho de Ministros, coordenada pelo presidente François Hollande.
“A operação de Saint Denis foi determinante e pôde ser feita de noite porque está em vigor o estado de emergência”, disse.
Segundo a procuradoria de Paris, pelo menos duas pessoas morreram durante a operação, uma delas uma mulher que acionou um cinto de explosivos, e sete foram detidas.
A operação teve como alvo Abdelhamid Abaaoud, considerado o “cérebro” dos atentados de sexta-feira (13) em Paris.
Fontes policiais citadas pela imprensa francesa informaram que cinco agentes sofreram ferimentos e um cão polícia foi morto na operação.
Mulher-bomba detonou explosivos durante cerco policial na França
Uma mulher suicidou-se ao detonar explosivos depois de atirar contra policiais com um rifle automático, durante uma operação da polícia francesa lançada hoje no subúrbio de Saint-Denis, ao norte de Paris, na esteira dos ataques terroristas que deixaram pelo menos 129 mortos na capital francesa na última sexta-feira.
Dois suspeitos foram mortos durante o cerco a um apartamento local, incluindo a mulher-bomba e um homem, afirmou um policial. Segundo a porta-voz de um procurador em Paris, três suspeitos foram detidos durante a operação.
Autoridades francesas suspeitam que Abdelamid Abaaoud, um militante belga do Estado Islâmico e suposto mentor dos atentados em Paris, pode estar no subúrbio onde ocorreu a operação, afirmou a porta-voz.
Além de Abaaoud, autoridades francesas e belgas também procuram Salah Abdeslam, que teria participado dos ataques da semana passada.
Explosões e tiroteios foram ouvidos durante a operação policial em Saint-Denis.
Ataques áereos da França e Rússia já mataram pelo menos 33 jihadistas na Síria
Os ataques aéreos feitos pela França e pela Rússia nas últimas 72 horas no Norte da Síria mataram pelo menos 33 jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico, informou hoje (18) a organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Dezenas de combatentes do grupo extremista ficaram também feridos nos ataques aéreos a depósitos de armas, armazéns e postos de controle do prinicipal reduto dos jihadistas do Estado Islâmico em Raqa, disse Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, baseado na Grã-Bretanha.
A França intensificou a ofensiva contra Raqa após os ataques terroristas de sexta-feira passada (13) em Paris, que mataram 129 pessoas. Foram feitos vários ataques, com bombardeios e caças, contra alvos naquela cidade síria no domingo (15), na segunda-feira e hoje.
A Rússia também atacou Raqa com bombardeios de longo alcance, com mísseis lançados do mar nessa terça-feira, depois de Moscou ter confirmado que foi um ataque a bomba, reivindicado por um grupo ligado ao Estado Islâmico, que derrubou no mês passado um avião russo de passageiros na península do Sinai, no Egito, matando as 224 pessoas a bordo.
“O número limitado de mortes pode ser explicado pelo fato de os jihadistas terem tomado precauções”, disse Abdel Rahman, que tem como fontes na Síria ativistas, médicos e residentes. Ele afirmou que nos locais “estavam apenas os guardas dos quartéis e dos depósitos de armas”, relatando que a maioria das pessoas foi morta nos postos de controle.
Abdel Rahman disse ainda que muitas famílias de combatentes estrangeiros deixaram a cidade de Mosul, no Iraque, outro grande reduto do grupo extremista, que até agora tomou o controle de grande parte do território na Síria e no Iraque.