“Os opositores de Ibaneis não encontram discurso”, afirma o cientista político Valdir Pucci

Da redação do Conectado ao Poder

De acordo com o cientista político, o DF está em uma tendência conservadora de voto

O Podcast Conectado ao Poder, gravado semanalmente no estúdio da Rádio Federal e apresentado pelo jornalista Sandro Gianelli, recebeu o cientista político Valdir Pucci para uma conversa. O cenário sobre a disputa pelo Palácio do Buriti foi tema abordado.

O candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB), aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas e, em grande parte delas, com chances de ser reeleito em primeiro turno. Gianelli questionou ao cientista político se essa situação vai se manter até o dia 2 de outubro ou se poderá ser alterada, com menos de 10 dias para as eleições.

Valdir enfatizou, primeiramente, a questão dos votos brancos e nulos de uma pesquisa divulgada recentemente. “Eu estava analisando uma pesquisa aqui do DF e tem uma situação que chama atenção: se somar brancos, nulos e indecisos, eu tenho quase 20% dos votos e isso quer dizer que se alguém convencer essas pessoas a sair de casa, pode ser que tenha um segundo turno”, disse.

No entanto, o cientista político mostra que os adversários do emedebista não estão tendo espaço significativo. “Os opositores de Ibaneis não encontram discurso. O discurso de toda eleição é muito repetitivo, é dizendo que vai melhorar a saúde, a educação e que vai fazer obra”, lembrou.

Sandro Gianelli avaliou que a temática da família está muito presente e é o que majoritariamente é exibida. “Nesta eleição, é só uma coisa que o pessoal fala: família. Parece que esqueceram da saúde, educação, infraestrutura”, afirmou. 

Valdir Pucci concordou e comparou com 2018. “A pauta conservadora está muito forte. A eleição passada tinha a corrupção como foco e agora é família e isso ocorre porque o eleitor é servidor público e, tradicionalmente, tinham tendência a votar na esquerda e de 2018 para cá, houve uma guinada e passou a ser de direita. Eu acho que muito culpa disso foram as administrações petistas em Brasília, que sempre foram muito mal avaliadas, tanto que nenhum dos três foram reeleitos”, explicou.

“Parte hoje do DF não quer o PT e, com isso, Bolsonaro está na frente e Ibaneis, que é identificado com Bolsonaro, também está na frente. É uma coisa muito atual, que não sei se vai mudar, mas, por enquanto, estamos nessa tendência bem conservadora de voto no DF”, mencionou Pucci.

Para Gianelli, as administrações da esquerda: do PT, com Cristovam Buarque e Agnelo Queiroz e do PSB, com Rodrigo Rollemberg, criaram trauma no eleitor Candango. E a boa gestão de Ibaneis fará com que ele seja o segundo governador reeleito no DF. Além de ser reeleito no primeiro turno.

Confira a entrevista:

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