O pontífice foi recebido por Barack Obama no desembarque. Sua visita inclui passagem pelo Congresso americano e pela sede das Nações Unidas em Nova York.
O papa Francisco iniciou sua visita de cinco dias aos Estados Unidos nessa terça-feira. Em sua primeira viagem ao país, o pontífice foi recepcionado pelo presidente Barack Obama, pela primeira-dama Michelle Obama e suas filhas Sasha e Malia e pelo vice-presidente americano Joe Biden em uma base aérea nos arredores de Washington.
Na quarta-feira, Obama vai organizar uma cerimônia oficial de boas-vindas para o pontífice na Casa Branca. O papa deve desfilar pelo centro da cidade de Washington em seu papamóvel e participar de uma canonização no final do dia, na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição.
Quinta-feira marcará o primeiro discurso de um pontífice no Congresso americano. Em seguida, Francisco embarca para Nova York, onde visitará a sede das Nações Unidas e participará de um encontro inter-religioso no Memorial Ground Zero, que homenageia as vítimas do atentado de 11 de setembro. A viagem acaba no domingo, quando o papa deixa a Filadélfia rumo a Roma.
Cuba – Na manhã desta terça-feira, em seu último ato em Cuba, o papa defendeu o conceito de família como forma de evitar que as pessoas se transformem em “indivíduos isolados, fáceis de manipular e de governar”. Por várias vezes Francisco ressaltou as virtudes da família e seus benefícios, e lamentou o desaparecimento, em muitas culturas, dos espaços onde as famílias se reúnem, como o momento do jantar.
O papa lembrou que ainda nesta semana participará na Filadélfia, nos Estados Unidos, do 8º Encontro Mundial das Famílias (World Meeting of Families) e que em menos de um mês será realizado no Vaticano o Sínodo de Bispos, que tem a família como tema. Marcada para outubro, essa reunião da Igreja Católica abordará questões como o tratamento a ser dado aos fiéis divorciados e a atitude com relação aos homossexuais.
A presença de Cuba e Estados Unidos no mesmo roteiro de viagem é apenas o primeiro passo para reforçar o apoio do Vaticano à reaproximação entre os dois países após um rompimento que durou mais de cinco décadas. Na quinta-feira passada, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, afirmou que a Santa Sé é contrária ao embargo americano a Cuba e apoia a revogação das sanções. “O embargo causa angústia e sofrimento para a população que, digamos, padece”, disse Parolin em uma entrevista ao Centro Televisivo Vaticano.
Fonte: veja.abril.com.br