Papa Francisco se reúne pela primeira vez com todos os cardeais

papa_francisco1Para o novo Papa, o trono ainda não é nada familiar. Hoje, o seu discurso aos cardeais da Igreja não foi breve. O Papa Francisco pediu que nunca se deixem levar pelo pessimismo, ou pela amargura e a falta de coragem, que segundo ele, o diabo oferece a cada dia. Defendeu a verdade cristã, como atraente e persuasiva, e suficiente para responder a necessidade profunda da existência humana.

Ao falar do significado do conclave, afirmou: “mesmo os que não convivem com a nossa fé, veem com simpatia o que está acontecendo nesses dias no Vaticano”. Convidou a todos a doar aos jovens a sabedoria da velhice que, como um bom vinho, com o tempo melhora de qualidade.

A Bento XVI um agradecimento e o reconhecimento do grande patrimônio espiritual que deixou para todos, afirmou. Fez uma referencia à renúncia. “O gesto humilde e corajoso de Bento XVI nos reforçou”, disse o Papa. Entre hoje e amanhã o Papa Francisco poderá se encontrar com o Papa Emérito.

Na hora dos cumprimentos, confirmando o estilo informal, o papa assumiu um comportamento diferente com cada um dos presentes. Beijou a mão, abraçou, pôs a pulseira no braço que ganhou de um cardeal. Sempre sorridente e positivo.

Hoje o Papa Francisco visitou o apartamento papal, que foi lacrado no início da Sé Vacante. O lacre foi rompido pelo camerlengo Tarcisio Bertone e, brevemente, o Papa poderá se mudar da Casa Santa Marta para o Palácio Apostólico.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi afirmou que durante a ditadura militar argentina, na década de 70, Jorge Mario Bergoglio não manteve nenhum comportamento de conivência com o regime militar.  O porta-voz citou a declaração do escritor e pacifista Adolfo Perez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz de 1980, em defesa de Bergoglio. Esquivel lutou contra a ditadura. Padre Lombardi concluiu que são acusações sem fundamento e caluniosas e que, ao contrário, Bergoglio teria ajudado vítimas da ditadura.

Ainda sobre as acusações contra o Papa Francisco, de que ele não ofereceu proteção a dois padres durante a ditadura, o porta-voz do Vaticano disse que um desses padres celebrou uma missa com Jorge Bergoglio quando o regime militar terminou. Isso reforçaria, segundo o porta-voz, que Bergoglio não foi cúmplice da ditadura.

Primeiro Papa latino-americano da historia, que tem origens italianas, pode se encontrar com os parentes distantes, separados pelo drama da imigração. Alguns integrantes da família Bergoglio ainda vivem no vilarejo de Bricco Marmorito, em Portacomaro, Piemonte. Eles nunca se encontraram com o Papa Francisco, mas contam que ficaram exultantes com o resultado da eleição. O primo Armando, de 70 anos, agora espera poder conhecer o parente famoso. A família revelou que já  recebeu um convite para ir ao Vaticano.

Fonte: Jornal Hoje

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