Para recuperar W3, GDF vai fazer revisão de IPTU para os lojistas

20150410013248Governador ouve queixa e promete alternativas para estacionar, além de contratações para agilizar alvarás.

Em almoço na Associação Comercial do Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg ouviu ontem reclamações de empresários sobre a demora para obtenção de alvarás de construção, o abandono da avenida W3 e sobre a falta de vagas de estacionamento na área central de Brasília.

Em resposta, Rollemberg garantiu que estudará medidas que tornem a W3 atrativa novamente, com revisão nas alíquotas de IPTU para imóveis desocupados, para estimular que empresas se instalem no local. O governador disse que será estudada  a implantação da zona azul e de estacionamentos subterrâneos tarifados.

Mas para ele, é necessário promover a melhoria do transporte público e até reviver a discussão sobre o Veículo Leve sobre Trilhos na W3, projeto do governo Arruda, que não teve continuidade na gestão anterior.

A explicação para a persistência na dificuldade de conseguir alvarás foi a impossibilidade de contratar mais arquitetos e engenheiros para a Central de Aprovação de Projetos. Já que o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal foi ultrapassado, o GDF ficará até o fim de maio sem nenhuma contratação.

R$ 45 milhões em cortes

A economia de recursos anunciada pelo governo desde o início do ano agora tem números: R$ 45 milhões. A soma foi conseguida revisando contratos e cortando despesas. Só que para superar o déficit já estipulado pelo governo, de R$ 3,1 bilhões, será preciso muito mais. Ainda sem saber como, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) promete empenho ainda maior para enxugar as despesas.

Os gastos a menos foram obtidos nos três primeiros meses do ano. Se continuar nesse ritmo, o Buriti conseguirá economizar apenas R$ 180 milhões, o que representa 5,8% da falta de recursos já constatada pela equipe econômica. Para alcançar os R$ 3,1 bilhões de cortes, o governo precisará economizar mais de R$ 380 milhões a cada mês, caso a arrecadação prevista não cresça.

O déficit será superado com outras fontes de recursos e, principalmente, com criatividade, conforme  projeta Rollemberg.

“Vamos agir com mais redução de despesas, de custeio, eventualmente de pessoal. Estamos analisando como fazer e também estamos buscando novas fontes de recursos, analisando quais projetos tramitam no Executivo e aumentam a arrecadação para o Distrito Federal. Também estamos estudando os instrumentos que temos para ampliar recursos, como podemos cobrar as dívidas de empresas que nos devem. Enfim, é uma conta fácil de fazer e difícil de executar. Temos que reduzir muita despesa e aumentar muito os recursos”, reconheceu.

Acordo com Goiás para garantir água

Mais cedo,  Rodrigo Rollemberg foi até Valparaíso de Goiás para assinar um acordo de abastecimento de água com o estado vizinho, nas obras do Sistema Produtor de Água Corumbá. Já estão em curso as obras do consórcio formado entre a Caesb e o Saneamento de Goiás (Saneago). O investimento chegará a R$ 400 milhões, entre dinheiro do PAC e R$ 90 milhões do Distrito Federal.

A promessa é promover o abastecimento de  cerca de 1,3 milhão de moradores e aumentar em 30% a oferta de água para o Distrito Federal.

Ação coordenada

A atuação coordenada entre os dois governos foi comemorada por Rollemberg. “Esta é uma das regiões metropolitanas mais importantes do Brasil e precisamos atuar conjuntamente, como estamos fazendo hoje, DF e Goiás, pelo bem dos cidadãos”, afirmou.

Os investimentos feitos  pelo governo de Goiás tratam de serviços e obras na estação elevatória de água bruta, a conclusão de parte da adutora, a estrada de acesso à estação elevatória, além da linha de transmissão de energia e de uma subestação elétrica.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) citou os investimentos como necessários para o abastecimento no futuro. “Enquanto assistimos à  dificuldade de abastecimento em estados como São Paulo, há 20 anos começamos a planejar medidas que garantirão o abastecimento para Goiás e o Distrito Federal”, disse.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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