A decisão do diretório do PMDB da Bahia de fazer uma representação pedindo a expulsão da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, pode transformar-se em uma ação mais intensa de outros diretórios regionais. O diretório do Acre pode agir da mesma forma em relação ao ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera. Até o momento, no entanto, à exceção de Henrique Eduardo Alves (Turismo) e alguns apadrinhados do vice-presidente Michel Temer, todos os peemedebistas continuam exatamente no mesmo lugar. Integrantes do partido admitem que a demora começa a desgastar a imagem de unidade do partido. “O Michel (Temer) deveria vira a público obrigar o cumprimento da resolução partidária”, afirmou um militante, incomodado com a situação.
Existe também uma queixa generalizada contra a postura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que estava ciente da decisão do desembarque, acertada em convenção partidária. Pior, na véspera da reunião do diretório, recebeu Temer na residência oficial e concordou que o rompimento fosse decidido por aclamação. Agora, alardeia que foi uma ação precipitada.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) justificou a ação contra Kátia. “Além de resistir, a Kátia Abreu, que não tem história partidária, ainda afronta explicitamente o partido ao dizer que não deixará o ministério nem o PMDB”, criticou Lúcio. Ontem, pelas redes sociais, a ministra da Agricultura reforçou essa posição. “Recebi convites honrosos, mas meu partido é o PMDB. Pretendo aqui continuar”.
Fonte: Correio Braziliense