Pesquisas Tradicionais na Corda Bamba: Como a IA está Revolucionando as Eleições

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Por Marcelo Senise

Nas últimas eleições, as pesquisas tradicionais de opinião enfrentaram um problema significativo: a falha em prever resultados eleitorais de forma precisa. Um dos principais fatores por trás desse fracasso é o fenômeno da formação de bolhas, amplificado pelo alcance das redes sociais. No entanto, a Inteligência Artificial (IA) surge como uma solução revolucionária capaz de fornecer previsões eleitorais precisas e confiáveis no cenário político atual.

A falta de precisão das pesquisas tradicionais ficou evidente em várias eleições recentes. Em 2016, as pesquisas subestimaram a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. Em 2020, as previsões tanto das eleições presidenciais nos EUA quanto do referendo sobre o Brexit no Reino Unido novamente falharam em antecipar corretamente os resultados.

A formação de bolhas informativas, um efeito colateral das redes sociais, desempenhou um papel crucial nesse fracasso. As redes sociais, embora destinadas a conectar as pessoas e disseminar informações, também facilitaram a criação de bolhas ideológicas. Os algoritmos das redes sociais tendem a expor os indivíduos a informações e opiniões semelhantes às suas, gerando uma visão distorcida da realidade. Como resultado, as pesquisas tradicionais, baseadas em entrevistas telefônicas e porta a porta, frequentemente capturam apenas parte da imagem, deixando de fora eleitores que vivem em bolhas informativas.

É aqui que a Inteligência Artificial se destaca como uma solução revolucionária para projeções eleitorais. A IA pode analisar grandes volumes de dados de forma rápida e precisa, incluindo dados das redes sociais. Ela é capaz de identificar padrões de comportamento, preferências e opiniões com base em dados reais e em tempo real, fornecendo uma visão mais completa e precisa do eleitorado.

Posso com tranquilidade fazer tal afirmação. Nos últimos três pleitos eleitorais utilizamos do sistema de IA denominado SCOPO – Sistema de Controle Político, e tivemos uma precisão quase absoluta dos resultados eleitorais de nossos clientes, 24 horas antes da abertura das urnas. Isso realmente é surpreendente e hoje é a realidade de nossos tempos.

A Inteligência Artificial supera as limitações das amostras tradicionais. Em vez de depender de pequenas amostras que podem não representar de maneira precisa a diversidade do eleitorado, a IA pode analisar grandes conjuntos de dados para identificar tendências significativas. Ela não é afetada por vieses humanos e não depende da cooperação dos entrevistados, eliminando possíveis respostas sociais desejáveis ou hesitações na revelação de preferências políticas.

A automação da IA permite análises contínuas e em tempo real, ajustando projeções à medida que a campanha avança. Isso oferece uma abordagem dinâmica, fundamental em um cenário político em constante mudança.

Em resumo, o fracasso das pesquisas tradicionais, alimentado pela formação de bolhas e pela desconexão com o eleitorado real, destaca a necessidade de adotar a Inteligência Artificial como a solução para projeções eleitorais precisas. A IA supera as limitações das abordagens tradicionais, analisando vastos conjuntos de dados em tempo real e proporcionando um panorama mais preciso das preferências dos eleitores.

À medida que nos aproximamos das próximas eleições, é fundamental que a política e a mídia confiem na IA para fornecer previsões eleitorais confiáveis. Somente por meio da análise precisa de dados e da compreensão das complexas dinâmicas das redes sociais poderemos obter previsões eleitorais que reflitam fielmente a vontade do eleitorado, evitando surpresas indesejadas e assegurando a saúde da democracia. A IA é o caminho a seguir, e seu potencial para transformar a política está ao alcance das mãos.

Estamos vivendo momentos disruptivos, onde novos métodos são absolutamente necessários para que se acompanhe as mudanças sociais de nossos novos tempos.

Marcelo Senise – Socio Fundador da Comunica 360º, Sociólogo e Marketeiro, atua a 34 anos na área política e eleitoral, especialista em comportamento humano, em informação e contrainformação, precursor do sistema de analise em sistemas emergentes, Big Data e Inteligência Artificial.

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